Chamem a polícia

O meu ângulo

“Dar moeda não é solução” informa o cartaz, da Câmara Municipal de Leiria, colocado num parque de estacionamento isento de pagamentos. Claro que a Câmara tem soluções para quem pede moedas em troca da “ajuda” no estacionamento. Não tem? Ora essa, então, no mínimo, é falta de solidariedade com quem necessita de uns trocos para sobreviver. 

“Não é nada disso”, dir-me-ia a Câmara se eu lhe perguntasse e acrescentaria: “Aquela moeda que não é solução se dada a quem arruma carros, é de uma grande mais-valia se ficar no bolso do dono do automóvel”.

O cidadão deve pensar muito bem sempre que um arrumador lhe estender a mão. Não se esqueça que a Câmara o aconselha chamar a polícia.

Imagem: Jacinta Romão

Cair nas armadilhas e dar votos à extrema direita

Hoje apetece-me chamar tolos aos que correm atrás daquela caravana. Pensado que o afrontam estão a levá-lo ao colo. Ah se Sísifo tivesse tido ajudas assim, a pedra teria chegado ao topo. 

Ainda não perceberam que criam as condições para que as televisões multipliquem o tempo que já lhe atribuem. Se fossem mais sagazes já o tinham deixado nas praças vazias. Ainda assim, apesar dos favores já feitos, estão a tempo de esquecerem que ele existe. Se, por acaso, não é mesmo uma conveniente campanha que está em marcha.

Se efetivamente o contestam, estejam atentos aos alinhamentos dos noticiários televisivos e às sondagens que vão sendo publicadas. Sabemos que o que conta é o voto na urna no dia das eleições, mas também sabemos que os votantes podem ser influenciáveis.

Se são incautos, a servir de lebres, os meus pêsames.

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