Analfabetismo em Portugal – freguesias ao nível de Portugal 1950

Volto ao analfabetismo em Portugal. Conto insistir até saber que já cheguei a quem tem poder para mudar esta situação.

Ora vejam lá se não tenho razão. Temos freguesias em Portugal que, em 2011 (dados recolhidos nos últimos censos) apresentam taxas de analfabetismo próximas da média do país em 1950 (gráfico abaixo).

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Fonte dos dados estatísticos: Instituto Nacional de Estatística (INE).

Então reparem. Em 1950 a taxa de analfabetismo (H/M) em Portugal era de 41,77%. No Alentejo, em São Barnabé (Almodôvar), em 2011, 33,53% dos seus 531 habitantes, com mais de 10 anos, não sabiam ler nem escrever. Centro, em 2011, em Casteleiro (Sabugal) 41,74% dos seus 365 habitantes, com mais de 10 anos, não sabiam ler nem escrever. Algarve, em 2011, Vaqueiro (Alcoutim) 32,64% dos seus 497 habitantes, com mais de 10 anos, não sabiam ler nem escrever. Norte, Ermelo (Arcos de Valdevez – hoje união de freguesias de São Jorge e Ermelo) 34,09% dos seus 92 habitantes, com mais de 10 anos, não sabiam ler nem escrever.

E não há que se interesse?

Todos eram alfabetizados

Até que enfim uma boa notícia. A freguesia de Mosteiro, Lajes das Flores, nos Açores, tinha, em 2011 (censos à população Instituto Nacional de Estatística – INE) uma taxa de 0,00% de analfabetismo, em 43 habitantes.

Mas acrescento já, não encontrei outra boa notícia nas estatísticas do INE em todas as freguesias do País. Conto ir publicando o que for encontrando de mau e de um pouco menos mau.

Quem sabe se haverá quem possa e queira reverter os números do analfabetismo em Portugal.

 

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