Estava eu a escrever sobre as estatísticas dos casamentos em Portugal e, quando ligo a televisão, estava a ser votado, no Parlamento da Catalunha, um “divórcio”.
Sim, Espanha e a Catalunha estão separadas de facto.
Como poderá a Catalunha fugir do casamento? Talvez possa contar a sua história. Demonstrar que o casamento foi combinado. Falar da língua não comum. Explicar muito bem porque quer ser dona do seu destino.
Formalmente, Espanha não aceita. Quer manter o “casamento” à força. Já existiu aquilo a que podemos chamar de “violência doméstica”. Que, assim parece, virá a repetir-se.
Quando um dos cônjuges já não quer o casamento, como se pode mantê-lo?
A língua que falam não é comum. A cultura das partes não é a mesma. A parte mais fraca vai ter de recorrer à justiça. Mas, como já se viu, prevalece a lei do mais forte.
A família interesseira quer manter o “casamento de conveniência”. Vejam-se as declarações que se vão repetindo. Não querem que o exemplo frutifique nas suas casas.
Tudo indica, que a violência se vai repetir. O decisor vai declarar o casamento válido e em acórdão humilhar a parte mais fraca.
