Os 27 disseram SIM

Uma boa notícia para a Ucrânia. Oxalá retraia os invasores do país de Zelensky.

Vi há pouco na LUSA que os 27 países da União Europeia foram unânimes ao atribuir à Ucrânia o estatuto de país candidato à integração. Não é muito, mas dão mais uma vez, a Putin, um sinal de apoio a um país que ele está a arrasar.

Imagem: Agência LUSA

Querem vê-los com diferentes cores? Nem pensar, é como chover no molhado

EUROPA 

 

Estava a consultar as noticias da Lusa e deparei-me com uma fotografia um pouco estranha, mas passei à frente e esqueci o assunto. Continuei a pesquisar o tema que me vinha a absorver, quando aquela imagem surge novamente, desta vez na RTP. Então, olhei demoradamente para a imagem e pensei: é como chover no molhado, eles, quer faça sol ou chova, não deixam os fatos azuis nos armários.

 

Agora já compreendo o que me parecia estranho nesta fotografia, demorei um tempo imenso a descobrir, mas cheguei lá. Os homens vestem fatos azuis. Estão todos iguais, só a cor das gravatas os diferencia. A lonjura geográfica que os separa não quebra a harmonia.

Se um grupo, assim, de mulheres fosse a uma reunião formal, todas vestidas de fatinhos iguais nem imagino o que aconteceria, possivelmente caía o Carmo e a Trindade. Elas próprias se encarregariam de pôr os monumentos no chão, porque só podia ter sido uma conspiração urdida por rivais políticos. Ainda não tiveram um azar assim.

Oh! examinando uma terceira vez aquela desconcertante fotografia descubro, dissimuladas, duas mulheres. Não consigo perceber as cores dos seus vestidos…

 

 

Os países da Europa continuam a erguer barreiras? Não? O arame farpado cresce

 

EUROPA

Já não existe o problema das barreiras que os países europeus estavam a construir para barrar o caminho aos migrantes? Ou já ninguém quer saber? Parece que é mais esta última hipótese. Há poucos dias a Lusa noticiou que a república da Eslovénia vai acrescentar 40 quilómetros a uma cerca de arame farpado, já com 116, que barra a passagem a migrantes vindos da vizinha Croácia.

Quando li a notícia pensei: mas porque se preocupa com esta fronteira? E as outras? Então recorri ao mapa e verifiquei que o Eslovénia tem fronteiras com a Áustria (a norte) com a Hungria (a leste e a sul) com a Itália e com o mar Adriático (a oeste). Então compreendi!

… E ainda falta dizer que a Eslovénia, à barreira de arame farpado, acrescenta 63 quilómetros de muro em painéis fixos a que vai somar 3,8.

Eslóvénia mapa - wikipédia
A república da Eslovénia a vermelho no mapa da Europa

Fecharam o campo de acolhimento de refugiados de Mineo (Sicília, Itália) e “dividiram os males pelas aldeias”

NA EUROPA

 

Fecharam o campo de acolhimento de refugiados de Mineo, Sicília, Itália. Era o maior centro da Europa. Tinha sido aberto no tempo de Sílvio Berlusconi (2011). Foi agora fechado por Salvini. Não vi nas notícias o que aconteceu às pessoas que lá viviam, mas soube que foram distribuídas por outros centros de acolhimento.

O político disse que lá, naquele campo de refugiados, grassavam todos os males do Mundo: uma célula de uma máfia, tráfico de drogas, uma rede de prostituição e por aí fora. Agora “distribuíram os males pelas aldeias”.

O encerramento do campo coincidiu com a prisão de ativistas que defendem o recebimento de barcos com migrantes.

Ainda não saíram e já querem voltar

Então vamos lá adivinhar como isto termina. Saem? Ficam? Ou existe uma terceira opção? É que eles ainda não sairam e já querem voltar.

Hoje as ruas de Londres estiveram cheias de pessoas que não gostam do Brexit. Algumas querem que o acordo de saída vá a votos. Também há quem queira que perguntem aos eleitores se querem mesmo sair.

Vamos aguardar para ver! Eles bem podem esperar sentados.

 

A mãe mandou chegar a roupa ao pêlo

Há um ano escrevi que a Catalunha tinha saído de casa. Afinal não se concretizou a partida.

Um ano após o referendo, onde a maioria na Catalunha disse sim à separação, a mãe disse aos mais fortes que lhe chegassem a roupa ao pêlo e eles assim fizeram.

A Catalunha, de vez em quando, é mimada violentamente e retribui. Chega a receber tratamento hospitalar. Não quer, mas tem de continuar em casa. Resta-lhe usar o amarelo na lapela.

 

 

A Catalunha saiu de casa

Estava eu a escrever sobre as estatísticas dos casamentos em Portugal e, quando ligo a televisão, estava a ser votado, no Parlamento da Catalunha, um “divórcio”.

Sim, Espanha e a Catalunha estão separadas de facto.

Como poderá a Catalunha fugir do casamento? Talvez possa contar a sua história. Demonstrar que o casamento foi combinado. Falar da língua não comum. Explicar muito bem porque quer ser dona do seu destino.

Formalmente, Espanha não aceita. Quer manter o “casamento” à força. Já existiu aquilo a que podemos chamar de “violência doméstica”. Que, assim parece, virá a repetir-se.

Quando um dos cônjuges já não quer o casamento, como se pode mantê-lo?

A língua que falam não é comum. A cultura das partes não é a mesma. A parte mais fraca vai ter de recorrer à justiça. Mas, como já se viu, prevalece a lei do mais forte.

A família interesseira quer manter o “casamento de conveniência”. Vejam-se as declarações que se vão repetindo. Não querem que o exemplo frutifique nas suas casas.

Tudo indica, que a violência se vai repetir. O decisor vai declarar o casamento válido e em acórdão humilhar a parte mais fraca.

mapa catalunha pixabay
Imagem: Pixabay.

Não compreendo porque pediu desculpa

Lá como cá, quando há muitas cadeiras vazias, no parlamento, os deputados estão nas comissões ou nos grupos de trabalho.

Até pode ser verdade, mas ontem, no Parlamento Europeu, dos 751 deputados só 30 estavam no Plenário.

Há lá quem tenha o meu voto, mas, como muitos outros eleitores europeus, não gosto do que vejo. Ontem também não gostei de ver a unanimidade na defesa das ausências (da direita à esquerda passando pelo centro).

Para quem ainda não sabe o que se passou, eu repito. Ontem, no Parlamento, em Bruxelas, o Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Junker, não gostou das ausências dos deputados quando ia ser feito o balanço da presidência maltesa. Junker apelidou o Parlamento de ridículo.

Ele disse concretamente “o Parlamento europeu é ridículo. Muito ridículo”. Disse-o assim Jean-Claude Junker perante os 30 deputados presentes e as 721 cadeiras vazias.

Muitos dos ofendidos levantaram-se em protesto e o Junker pediu desculpa. Eu não compreendo porque pediu desculpa. Os cidadãos da Europa veem quase sempre aquela grande sala vazia. Se isto não é o que parece têm de mostrar a verdade às pessoas.

parlamento europeu 2

Foto: gettyimages (sala do parlamento europeu).

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