Migrantes atirados para caldeirão fervente

Argélia, um país solidário em tempos idos. Foi lá que muitos portugueses encontraram abrigo quando em Portugal havia escuro. Também era de lá que chegavam notícias, ouvidas em surdina, sobre a vida em Portugal.

argélia pessoas no deserto - rtp
Imagens: RTP (pessoas abandonadas no deserto)

vídeo da notícia (Euronews)

Hoje, os que pedem passagem, somente passagem, são colocados no deserto, aonde militares os empurram por 15 quilómetros, lá bem para o interior, onde as temperaturas rondam os 50 graus centígrados. As pessoas são assim atiradas e deixadas sem água e sem mantimentos.

Os países da União Europeia fazem pressão sobre os países do norte de África. Não querem que eles deixem passar migrantes. Mas como se pode ser tão permeável à pressão ao ponto de se fazer isto a seres humanos.  Atirá-los, assim, para a morte.

Os migrantes fogem dos seus países de ambientes de guerra e de miséria, onde pessoas sem escrúpulos se aproveitam deles roubando-lhes bens materiais e a dignidade. Eles sujeitam-se à desumanidade na esperança de que, mais à frente, exista também para eles uma vida melhor.

O Mundo sabe? Claro que sabe e deixa a barbárie acontecer. Não é uma coisa mentirosa de redes sociais. São os meios de comunicação social sérios (ainda existem) a atirarem-nos à cara imagens de pessoas largadas e empurradas deserto adentro. Lá para longe de onde muitas não conseguem regressar. Ficam por lá as suas vidas perdidas.

Quem as coloca naquele caldeirão quente, apregoa que é para elas retrocederem rumo às suas origens. Que pessoas são estas que governam este Mundo?

argélia mapa 2 google
Imagem: Google (querem que eles sejam barreira)

 

 

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