INCONGRUÊNCIAS
Tinha acabado de sair do estacionamento. Tinha percorrido poucos metros e lá estava o senhor agente a fazer sinal para encostar. Obedeci. Que remédio! Presumo que andavam à caça de desencartados. Fazem bem!
Um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) dirigiu-se à minha janela já aberta. Cumprimentou-me dizendo: “Bom dia senhora condutora”. Respondi ao cumprimento e aguardei. Então pediu-me a carta de condução. Verificou que estava tudo em ordem. Entregou-me o documento e perguntou-me a idade. Ia dizer-lhe que essa informação estava no documento que ele acabara de consultar, mas respondi à pergunta.
O jovem agente cumprimentou-me mais uma vez: “Boa tarde senhora Maria, pode seguir, faça boa viagem”. Detestei aquele cumprimento de “senhora Maria”. Esta é uma nova forma de tratamento que os muito jovens dispensam às mulheres. Aborrece-me. Desagrada-me. Estamos a deixar de ser donas.
Vá lá, façam-me a vontade, continuem a tratar-me por D. Maria.

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