A corrupção era uma rede, agora já são redes. Ex-procuradora-geral da República em entrevista à RR

INCONGRUÊNCIAS

 

A anterior procuradora-geral da República deu uma entrevista e falou sobre corrupção.

Joana Marques Vidal deixou o cargo ainda há poucos meses. Correu pouco tempo. Agora, em entrevista à Rádio Renascença (RR)  fez uma declaração que me deixou perplexa.

A entrevistadora não reagiu. Não fez a próxima pergunta, no seguimento da afirmação da ex-procuradora-geral da República que disse que há uma rede de corrupção que aprisiona o Estado, acrescentando que já tinha dito isto quando era Procuradora. E disse mais: “Mantenho tudo o que disse nessa altura, gora só acrescento um s à palavra rede”.

Parece que a rede deu frutos e agora já não existe só uma. Cresceu. Então como foi possível? Se antes rede não tinha s, quando passou a ser plural? Então vai continuar a exercer as suas funções de procuradora e desmantelar as redes?  

 

Joana Marques Vidal
Imagem: DR

Saco, precisa? A pergunta antecede a contabilização das compras

INCONGRUÊNCIAS

Saco, precisa? Inicia-se assim o processo de pagamento nas caixas dos supermercados.

Acontece-me sempre que faço compras em qualquer dos supermercados do meu bairro. Quando me aproximo das caixas, para efetuar o pagamento, vem a pergunta sacramental: “Saco, precisa?”

A preocupação com o modo como levo as compras para casa já me aborrece. Parece-me que, de algum modo, pode subverter os fundamentos da legislação que criou a obrigatoriedade de pagamento dos sacos de plástico leves. O pagamento de 10 cêntimos, por cada saco, visava desmotivar as pessoas a atirar plástico para o meio-ambiente.

É verdade que os sacos já não são leves e o dinheiro que pagamos por eles já não obedece àquela distribuição: 75% para o Estado; 13,5% para o Fundo de Conservação da Natureza e da Biodiversidade; 8,5% para a Agência Portuguesa do Ambiente; 2% AT; 1% para a Inspeção Geral da Agricultura do Mar e do Ambiente (Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro – Lei da Reforma da Fiscalidade Verde).

O produto das vendas dos sacos de plástico, nos supermercados, só pode ser adstrito a uma boa causa ambiental ou outra igualmente boa. Se assim não é porque fazem sempre aquela pergunta: “Saco, precisa?”.

À consideração das associações ambientalistas.

Sacos leves

Estamos a deixar de ser donas

INCONGRUÊNCIAS

Tinha acabado de sair do estacionamento. Tinha percorrido poucos metros e lá estava o senhor agente a fazer sinal para encostar. Obedeci. Que remédio! Presumo que andavam à caça de desencartados. Fazem bem!

Um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) dirigiu-se à minha janela já aberta. Cumprimentou-me dizendo: “Bom dia senhora condutora”. Respondi ao cumprimento e aguardei. Então pediu-me a carta de condução. Verificou que estava tudo em ordem. Entregou-me o documento e perguntou-me a idade. Ia dizer-lhe que essa informação estava no documento que ele acabara de consultar, mas respondi à pergunta.

O jovem agente cumprimentou-me mais uma vez: “Boa tarde senhora Maria, pode seguir, faça boa viagem”. Detestei aquele cumprimento de “senhora Maria”. Esta é uma nova forma de tratamento que os muito jovens dispensam às mulheres.  Aborrece-me. Desagrada-me. Estamos a deixar de ser donas.

Vá lá, façam-me a vontade, continuem a tratar-me por D. Maria.

IMG_4780
Imagem: Desobrigado

 

Guadalajara…deixem-me passear

INCONGRUÊNCIAS

 

Uma viagem de 24 horas de Portugal ao México? O regresso é mais rápido?

Em Guadalajara, no México. Mal refeito de uma viagem de doidos. Soterrado por resmas de trabalhos, vou esbracejar e  fugir daqui por uma horas. Não me aconselham a fuga? Ah pois não! Mas eu não aceito conselhos desses. Vou tirar umas horas e perder-me nesta cidade.

Aqui nasceu a música marriachi e aqui quero usufruir dela.  Não imaginam como me vou embrenhar nesta cidade. Tequilha? essa não. A bebida não me é aconselhada e a cidade está um pouco longe. Fico por aqui, em Guadalajara.

Volto à estiva, mas  amanhã visito o Mercado da Liberdade. Irei percorrer todos os seus recantos, ouvir a música falada dos mexicanos, sentir os aromas misturados, encantar-me com a diversidade das cores, saborear o que me parecer gostoso. E depois? depois volto.

 

 

Site no WordPress.com.

EM CIMA ↑