Porque lhe chamaste Aurora?

“Na minha Faculdade, Belas Artes, há um laboratório de fotografia analógica, onde só se trabalha a preto e branco. Numa fase em que queria fugir daquele modelo e saltar para a cor, nasceu o projeto, quase por acidente. Das primeiras imagens que obtive surgiram umas em tons de verde que me pareceram, quase, representações das auroras boreais, que em lugares próximos dos Polos se tornam visíveis. Este foi o meu ponto de partida. Começou a minha missão. Uma procura pela cor, para chegar a outras auroras”.

Foi assim que, a artista plástica, me respondeu quando lhe dirigi a pergunta: “Porque lhe chamaste Aurora, Mariana?”. Para quê mais informações?

Então, só acrescento um pouco: Aurora, de Mariana Romão, é uma exposição de fotografia concreta, que se mostra ao público desde o passado dia 17 e por lá vai ficar, na Casa Azul, em Torres Vedras, até ao dia 15 de janeiro do próximo ano.

Ah, sim, devia acrescentar o que é fotografia concreta. Então fica aqui a explicação pela EMERGE: “Neste projeto de exposição a principal técnica usada é a quimigrama. Trata-se de um procedimento realizado sem o uso da câmara fotográfica que consiste na criação de uma imagem a partir da sua matéria. Cada imagem é resultado da reação química entre os agentes presentes na própria película e materiais de uso doméstico sobre o papel fotográfico. Esta técnica é aplicada à película instantânea ou diretamente no papel fotográfico num ato de controlo quase absoluto da reação e seu consequente comportamento.”

A produção de Aurora, de Mariana Romão, é da EMERGE (Associação Cultural). A curadoria é de Jorge Reis. Os apoios são da Câmara Municipal de Torres Vedras, A3 Artes Gráficas, Torres Vedras Web,  Águas do Vimeiro.

Imagem: Rui Penedo (fotografia: Mariana Romão)