ENSINAMENTOS
Antes de mais fica aqui esta informação, só para nos relembrar, a norte da linha imaginária no planeta (latitude 60.º 33’ 44’, norte) existem, pelo menos, 24 horas de escuridão total e 24 horas de luz total. À medida que o Pólo vai ficando mais perto vai crescendo o número de dias e de noites de luz ou de escuridão. Algo idêntico (de modo inverso) se passa no Sul, no Círculo Polar Antártico, mas hoje estamos a Norte.
Esta informação vem a propósito de uma notícia que vi na Lusa e por aí reproduzida em suportes informativos diversos. Trata-se de uma ilha onde vivem umas 300 pessoas que gerem o tempo à sua maneira, lá para o norte da Noruega.
São os habitantes da ilha de Sommar, no Círculo Polar Ártico, que querem legalizar a abolição da rigidez da gestão do tempo. Até pensam deixar de usar relógios. Eles vão levar a iniciativa ao parlamento do país. Querem que o legislador institua a aplicação que eles já fazem do seu tempo há gerações, segundo dizem.
Na ilha acontecem 69 dias anuais de luz total e as correspondentes noites. Se atentarmos em tantos dias sem noites, pensamos: que loucura. E o que dizer de tantas noites sem dias! Isto sou eu uma esquisita a pensar nas dificuldades de viver assim. Eles têm muitos dias sem noites e muitas noites sem dias e só querem viver o tempo à sua maneira. Não querem, ou não podem, cumprir os horários do mundo.
Vamos aguardar as notícias sobre se os seus tempos foram legalizados e se os turistas acataram o símbolo da abolição dos horários “pendurar os seus relógios na ponte que separa a ilha do resto do município a que pertence” Lusa.
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