Às 12 horas e 30 minutos as meninas iam a caminho da escola. A uma hora do dia tão avançada porque iam elas tão carregadas?

Desobrigado, isentado de obrigações, desonerado, mas que, mesmo assim, se obriga a ser sério e, por vezes pode sentir não estar desobrigado e, por isso, pode ir partilhando o que for de partilhar, sobre vivências, observações, leituras e outras informações. Embora possa considerar útil qualquer informação aqui publicada, lembre-se sempre que esta não substitui a consulta aos serviços competentes, conforme a matéria em causa.
Às 12 horas e 30 minutos as meninas iam a caminho da escola. A uma hora do dia tão avançada porque iam elas tão carregadas?
A natureza frágil luta contra as amarras e vence. No funil a plantinha frágil resiste e cresce.
Tanta largueza, tanto terreno, mas a cerca montou-se ali e rodeou a pequena semente. Lutadora, germina na escuridão. Quando estremece para afastar os últimos grãos de terra lobriga, lá no alto, um pouco de claridade. Então, trepa, trepa até alcançar a luz do sol e floresce.
A natureza frágil luta contra as amarras e vence.
De Portugal
A Cooperativa Agrícola de Beringel produz a maravilha de azeite que está dentro desta garrafa.
Os jogadores são jovens, mas são seres humanos que estiveram doentes ou, pelo menos, o vírus SarsCov2 invadiu os seus corpos.
Este não é o meu treinador. Umas vezes faz-me rir e outras até me envergonha.
Mas, e se Jesus tiver razão? E se os seus jogadores estiverem mesmo a sofrer sequelas graves causadas pelo SarsCov2? Não vão prestar-lhes a devida assistência médica? Até acredito que nem os próprios jogadores admitam que ainda estão doentes. Disseram-lhes que a doença tinha passado e que estavam aptos para o seu trabalho. Eles até dizem que a sua obrigação é empenhar-se em ganhar jogos. Está à vista que não conseguem.
Eu já ando com vontade de fazer estas perguntas há algum tempo, na esperança de que alguém vá à procura de respostas, no sentido de se saber se pode ou não o rendimento dos jogadores de futebol do Benfica estar a ser diminuído por causada Covid-19?
Todos sabemos como a recuperação pode ser um tormento para quem esteve doente, por experiência própria ou porque ouvimos pessoas que estiveram infetadas. Muitos doentes e, mesmo os assintomáticos, queixam-se, no mínimo, de algumas debilidades. Os cientistas corroboram e acrescentam que muito ainda está por saber sobre as consequências da doença.
Os profissionais de futebol são seres humanos como os outros. Uns sofrem mais com a doença e outros sofrem menos. As sequelas podem acontecer seja a quem for. Por isso, Jorge Jesus até é capaz de ter razão. Ele sabe do que fala. Esteve gravemente doente. Os jogadores do Benfica podem estar, ainda, com as suas capacidades físicas e psicológicas diminuídas.
É certo que os jogadores são mais jovens, mas continuam a ser seres humanos que estiveram doentes ou, pelo menos, o vírus SarsCov2 invadiu os seus corpos.
Se o Sport Lisboa e Benfica não tivesse medo de desvalorizar os seus ativos preciosos, que são os jogadores de futebol, já teria pedido a investigadores que estudassem os elementos da sua equipa que estiveram infetados, e foram muitos. Eles podem mesmo precisar de tratamento específico para cada um.
Jesus irritou-se com o buzinão junto ao estádio da Luz. O treinador gostava de ter a solidariedade das pessoas e, por maioria de razão, dos adeptos. Eu creio que tem. Aquela manifestação de desagrado foi obra de umas dezenas de tolos, que só se representam a eles próprios. São uma gota de água no oceano que é o conjunto dos adeptos do Benfica.
CRÓNICAS DE ÁRVORES
Umas arvorezinhas substituíram umas outras enormes que cresceram neste jardim e foram derrubadas. Apetece-me dizer-lhes que se mantenham pequenas e sem graça, pode ser que assim as serras fiquem longe.
Lembram-se daqueles toros de madeira que pareciam chorar lágrimas vermelhas? Que eram partes das árvores que foram despedaçadas, cortadas aos bocados e as suas raízes foram puxadas lá das profundezas da terra e estalaram, estalaram até se quebrarem pelos elos mais fracos. Depois vieram os camiões e levaram os bocados quem sabe lá para onde.
O Jardim foi recriado. O espaço ficou mais bonito? A esta pergunta não sei responder. Mas parece-me que podiam ter poupados as árvores.
TEMA
Governo põe Estratégia Nacional para o Hidrogénio em consulta pública.
Há algum tempo ouvi um governante português referir-se ao tema da fábrica de hidrogénio, a ser instalada em Sines, que mais tarde foi apresentada como um grande benefício a favor da preservação do meio ambiente. Sem saber porquê estremeci. O meu subconsciente deixou-me aceder a tantas outras boas promessas que, afinal, só prejudicaram o País. Não gostei nada da ideia, mas ela aí está.
Eu já tinha ouvido o ministro a tentar criar o lastro onde correria o hidrogénio do seu contentamento. No dia 20 do passado mês de maio, a Lusa noticiou que o Governo pôs a Estratégia Nacional para o Hidrogénio em consulta pública.
Ainda sei pouco, muito pouco mesmo, mas conto ir aprofundando a informação e ir dando conta do que for conseguindo saber. Hei-de voltar regularmente a este assunto. Quero debate.
HISTÓRIAS
Vou citar, Jorge Andrade, há pouco na RTP3: “Vamos mentir um pouco e dizer que Jorge Jesus mereceu ganhar”.
Estiveram a perder durante 80 minutos e em 10 saltaram para a vitória e para a festa. Coisas de Jesus.
O Flamengo derrotou o River Plate e ganhou a Taça dos Libertadores.
COISAS TRISTES
Aqui, em Portugal, a ministra da Justiça visitou, na prisão, uma mãe sem-abrigo que abandonou o filho recém-nascido nos detritos da cidade de Lisboa. Esta mesma cidade que desabriga muitos dos seus, está, de vento em popa, no negócio do turismo. Vejam bem, que li, mas deve ser notícia falsa, que até a feira da Ladra está em vias de ser despejada.
Não pensem que estou a julgar o gesto de humanidade da ministra da Justiça. Eu saúdo-o e estou feliz por não estarmos em qualquer campanha eleitoral porque, se assim fosse, até eu diria que a disputa de votos a muito obriga, mas não é o caso e ainda bem.
Sobre aquela pobre mãe é-me doloroso falar e não tenciono ajuizar o abandono do seu filho e o seu. Sempre que a via referida, nas televisões ou em redes sociais, só me ocorria dizer, de mim para mim, coitadinha. Isto porque imaginava, só imaginava, a vida que terá sido a dela e como vai sobreviver.
Ouvi, Manuela Eanes, dizer sobre esta jovem, que não devemos atirar pedras, mas todos nós temos vistos os pedregulhos que têm ido na sua direção.
O menino, felizmente, está de boa saúde. Oxalá o seu caminho se faça ao lado de quem, sabiamente, lhe conte a sua história.
Era uma vez um menino forte, mesmo muito forte, que sobreviveu para ser feliz e para a sua mãe não carregar um peso maior sobre os ombros…
AS PESSOAS…
Podia ter ajudado? Não, não podia. Nós gostamos um pouquinho de choro e condoemo-nos muito com o sofrimento alheio, mas não fazemos cruzes em boletins de voto porque houve uma desgraça.
Aconteceu-me não gostar de ver. Ficar mesmo incomodada. Sentir que houve desumanidade dos serviços de saúde, do partido político que o tinha como cabeça-de-lista, da família, dos amigos ou de todos. Ele sofreu um acidente, grave, de automóvel. Era conduzido pelo líder do partido que foi primeiro-ministro e, por isso, este, recebeu tratamento condicente.
Ele é Paulo Sande, cabeça-de-lista, do partido Aliança. Foi hospitalizado e teve alta no mesmo dia. Saiu com a mesma camisa branca ensanguentada com que entrou. Não houve quem lhe emprestasse uma camisa lavada. Os holofotes estavam sobre ele. O líder do partido, esse, saiu sorrateiramenteno dia seguinte.
Ontem, quando vi Paulo Sande, na noite da derrota, senti um estremecimento. Relembrei a sua imagem à saída do hospital, em Coimbra.
Ainda pensei que fosse eleito, mas não. Não tem cadeira na Europa.