Não há crianças nas ruas

Apesar dos medos, deviam, ao menos, poder correr um pouco pelos jardins.

Há alguns dias que sinto falta das crianças nas ruas. Onde estão elas? Estão em casa a assistir às aulas à distância? E as mais pequeninas? Essas também assistem às atividades letivas em casa?

Os dias que hoje se vivem são tremendos. São dias de medo e de isolamento. São dias de abandono dos que há muito tempo estão sós. São dias de doença e de morte.

Apesar dos medos, os adultos não podem fechar as crianças. Será que não vêem que os dias delas são ainda mais longos. As crianças precisam de rua, abram-lhes um pouco as portas e deixam-nas, ao menos, correr nos jardins.

Todos sabemos esta verdade inquestionável: o confinamento é para cumprir. Mas confinamento não pode ser igual a encarceramento. Até parece que estou a pôr em causa as medidas de restrição face à pandemia, mas, como sabem, não é isso. Sempre concordei com o respeito pelas regras de saúde pública. Ainda assim, creio que o isolamento total das crianças não é uma solução aceitável.

Glifosato pode continuar a matar as ervinhas dos passeios da minha cidade e as pessoas que fujam

INCAUTOS EM PORTUGAL

 

Se as ervinhas das frestas das pedras dos passeios das ruas da minha cidade julgavam que os deputados da República Portuguesa, eleitos no passado mês de outubro, iam votar a seu favor de modo a que só os sapatos de quem passa lhes quebrassem o ímpeto do crescimento, estavam enganadas as ervinhas.

Nas ruas da minha cidade, nos passeios, entre pedras e pedrinhas, nascem umas tristes ervas que não têm espaço para crescer e, se alguma se atreve a alastrar um pouco mais, os sapatos dos citadinos encarregam-se de lhes cortar as guias. Mesmo assim, todos os anos lá aparecem uns homens de máquinas às costas que as pulverizam e lhes tiram as fracas vidas sem dó nem piedade.

Se as ervinhas das frestas das pedras dos passeios das ruas da minha cidade julgavam que os deputados da República Portuguesa, eleitos no passado mês de outubro, iam votar a seu favor de modo a que só os sapatos de quem passa lhes quebrassem o ímpeto do crescimento, estavam enganadas as ervinhas.

Hoje, na Assembleia da República de Portugal, os deputados eleitos pelo PS, PSD, PCP e CDS, levantaram-se a favor do herbicida glifosato.

Há quem diga que pode ser cancerígeno, então as pessoas que fujam.

As ervinhas nos passeios
Imagem: Desobrigado

 

 

Por portas e travessas, enquanto se noticiam os protestos nas ruas de Hong Kong, soube-se que Macau…

INCAUTOS

 

Enquanto se noticiam os protestos nas ruas de Hong Kong, contra a possibilidade de extradição de pessoas para a República Popular da China, aqui, em Portugal, a Lusa publica que a Ordem dos Advogados (OA) está preocupada com um acordo assinado por Portugal e pela Região Administrativa e Especial de Macau (RAEM) prevendo a “Entrega de Infratores em Fuga”, que até pode ser fundamentada com base num ato praticado e que só mais tarde foi considerado crime.

O acordo em causa foi assinado no dia 15 do passado mês de maio e já foi publicado oficialmente na RAEM, embora em Portugal ainda não o tenha sido.

A possibilidade de aplicação retroativa da Lei, que a Constituição da República Portuguesa não permite, é uma das preocupações da OA.

Por portas e travessas os macaenses podem ser “entregues” a Macau, para serem julgados quem sabe lá onde, por um crime que não o era quando um ato, hoje considerado ilícito, foi praticado.

A Ordem dos Advogados mostra-se preocupada. Talvez se pudesse ter manifestado antes da assinatura do documento, mas claro, não lhe chegou essa informação…

 

 

Ainda não saíram e já querem voltar

Então vamos lá adivinhar como isto termina. Saem? Ficam? Ou existe uma terceira opção? É que eles ainda não sairam e já querem voltar.

Hoje as ruas de Londres estiveram cheias de pessoas que não gostam do Brexit. Algumas querem que o acordo de saída vá a votos. Também há quem queira que perguntem aos eleitores se querem mesmo sair.

Vamos aguardar para ver! Eles bem podem esperar sentados.

 

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