Não há crianças nas ruas

Apesar dos medos, deviam, ao menos, poder correr um pouco pelos jardins.

Há alguns dias que sinto falta das crianças nas ruas. Onde estão elas? Estão em casa a assistir às aulas à distância? E as mais pequeninas? Essas também assistem às atividades letivas em casa?

Os dias que hoje se vivem são tremendos. São dias de medo e de isolamento. São dias de abandono dos que há muito tempo estão sós. São dias de doença e de morte.

Apesar dos medos, os adultos não podem fechar as crianças. Será que não vêem que os dias delas são ainda mais longos. As crianças precisam de rua, abram-lhes um pouco as portas e deixam-nas, ao menos, correr nos jardins.

Todos sabemos esta verdade inquestionável: o confinamento é para cumprir. Mas confinamento não pode ser igual a encarceramento. Até parece que estou a pôr em causa as medidas de restrição face à pandemia, mas, como sabem, não é isso. Sempre concordei com o respeito pelas regras de saúde pública. Ainda assim, creio que o isolamento total das crianças não é uma solução aceitável.

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