É mesmo assim, depois de dias e dias de chuva, quando o sol volta a aquecer, as sementes germinam. Surgem pequenas e frágeis plantas que esticam as pequenas folhas e recebem um abraço quentinho.

Desobrigado, isentado de obrigações, desonerado, mas que, mesmo assim, se obriga a ser sério e, por vezes pode sentir não estar desobrigado e, por isso, pode ir partilhando o que for de partilhar, sobre vivências, observações, leituras e outras informações. Embora possa considerar útil qualquer informação aqui publicada, lembre-se sempre que esta não substitui a consulta aos serviços competentes, conforme a matéria em causa.
É mesmo assim, depois de dias e dias de chuva, quando o sol volta a aquecer, as sementes germinam. Surgem pequenas e frágeis plantas que esticam as pequenas folhas e recebem um abraço quentinho.
INTERPRETANDO FOTOS
Onde estão as pessoas de Vale de Santiago? As ruas estão quase desertas. Refugiam-se do Sol. É um domingo de agosto e, por aqui, o verão é abrasador. Logo, à tardinha, juntam-se na rua. As histórias que ontem foram contadas oferecem hoje novos capítulos.
Mora por aqui um velhote que reclama, quase sempre, a atenção dos seus conterrâneos. Ele quer, principalmente, que os mais jovens o ouçam, que fixem o que ele conta e que não deixem esquecer coisas que homens bons fizeram e as desumanidades cometidas por outros homens.
Ontem ele falou sobre um homem valente e solidário que viveu aqui nas redondezas. Um homem abastado. Um dia os trabalhadores dos montes, da aldeia e da vila levantaram-se contra as injustiças. Vieram as “forças da ordem”. Fizeram ouvir as botas cardadas. Arrastaram pessoas para as prisões. Alguns homens entrincheiraram-se num monte. O homem abastado foi intermediário na rendição. As contrapartidas oferecidas não foram respeitadas. Os homens do levantamento foram aniquilados e o homem bom vingou-se.
Hoje apeteceu-me voltar às estatísticas e lá encontrei, como sempre, motivos de regozijo mas também de preocupação.
Deixem-me dizer que no que toca a satisfação, ela fundamenta-se na inversão da tendência de descida da natalidade em Portugal, embora tenha sido sol de pouca dura. No ano de 2017 voltou a haver descida comparando com o ano de 2016 (gráfico abaixo) mas, mesmo assim, o número de nascimentos ainda foi superior ao do primeiro ano em que se inverteu a descida (2015).
A análise às estatísticos dos nascimentos levou-me a olhar um pouco mais para os números que lhes estão associados. A mortalidade infantil está ali no separador seguinte. Se fizermos uma leitura rápida dizemos que esta é baixa no nosso país. Os números que encontrei dizem-me que ainda é preocupante em Portugal. É a minha interpretação. A média de 2,6 mortos por mil nascimentos faz-se com números baixos e, também, com números altos, mesmo muito altos. Um dia destes volto a este assunto.