A Antena Um tem vindo a fazer debates com cabeças-de-lista candidatos a presidências de câmaras. Hoje, de tarde, estava nos Açores.
O moderador do debate, que deve estar farto de cinzentismos, quando passou a palavra a um dos candidatos, entrou de um modo mais ou menos informal. Assim: “Um dia de manhã acordou, olhou-se ao espelho e disse: que lindo candidato à Câmara que eu dava. Foi isto? Quais são as suas motivações?”
O candidato não soube aproveitar a entrada do jornalista e respondeu com palavras pardacentas: “Não, não foi nada disso” e acrescentou mais ou menos como de costume. Disse que estava ali para resolver os problemas das pessoas (…).
O jornalista parece ter ficado um pouco réu. Aquela pergunta não deve ter sido muito pensada. Quando passou a palavra a uma das mulheres candidatas entrou com uma versão com arranjos da pergunta anterior. A candidata aproveitou a “onda” e disse que agradecia o elogio. Que sim que se sentia bonita. Houve risota. Mas a resposta acabou por ser idêntica ao do seu oponente homem. Que também estava ali para resolver os problemas das pessoas e pouco mais.
Tive pena que o debate estivesse quase a terminar quando liguei o rádio. Aquele jornalista não é cinzento.
Imagem: CNE-2017
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