PORTUGAL. Para reduzirmos a poluição carbónica aumentamos a poluição pelo lítio?
Estas pessoas manifestaram-se contra a exploração de lítio nos terrenos onde e de onde vivem. Hoje o ministro do Ambiente e da Transição Energética desvalorizou os perigos da poluição que pode resultar desta exploração mineira.

Acabo de ler, sobre este assunto, uma notícia intrigante na Lusa. O ministro, João Pedro Matos Fernandes, citado pela agência, disse “não ter nenhum projeto de fomento mineiro”, mas acha que aproveitar a exploração de lítio é bom para cumprir a neutralidade carbónica. Acrescentando uma pergunta, a que ele próprio respondeu: “Em que é que a exploração de lítio é diferente da de feldspato? Em nada. Trata-se de uma pedreira, onde se faz o desmonte de pedra e uma parcela dessa pedra é minério de lítio”.
Porque existem outras explorações mineiras, igualmente poluentes, podemos sempre acrescentar mais umas? Parece que é este o princípio a seguir. Há explorações de feldspato, umas 56, com impacto semelhante ao do lítio acrescentou o ministro do Ambiente e da Transição Energética. Assim sendo, porque não se podem ir somando outras e mais outras?
Vão descarbonizar. Querem cumprir as metas a que se propuseram. Parece correta a ideia de reduzir a poluição, mas a fórmula ínvia encontrada parece, no mínimo, estranha, mesmo estranha.
Deixo aqui só uma pequena nota sobre estes dois minérios: o feldspato é explorado em vários pontos de Portugal e é utilizado na fabricação das cerâmicas; o lítio é usado, essencialmente, no fabrico de baterias (para saber mais irei perguntar a quem sabe).
Elas, as grandes empresas, andam por este país fora a fazer prospecção. Infelizmente, para quem gosta que o direito a viver sem poluição seja de todos, os resultados são muito favoráveis.
… E Portugal parece ter muito minério deste…
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