Criando tulipas e martas para abate

EM TEMPOS DE COVID-19

Nos Países Baixos (até há pouco tempo Holanda) criam martas em quintas para depois utilizarem as peles dos pobres bichos. Julgava que as pessoas já se sentissem embaraçadas por gostar de vestir roupas obtidas a este preço. Neste país não crescem só tulipas.

Um dia destes uma notícia da Lusa encarregou-se de desfazer o meu equívoco, enquanto noticiava que o SarsCov2 tinha chegado às quintas das martas, nos Países Baixos. 

Há lá alguns animais infetados e todos vão ser abatidos. Os seus defensores apresentaram uma petição para inviabilizar o abate, mas foi rejeitada pelo tribunal e uns 10000 animais vão mesmo ser mortos por recurso a monóxido de carbono.

Como se disseminou o vírus por lá? As martas não se visitam entre quintas. Ou estou enganada? 

Sim, já ouvi dizer que a culpa foi dos gatos que se esgueiraram entre quintas e espalharam o vírus. Então e agora? Vão matar todos os gatos? E digam lá quem contaminou os gatos? Se foram as martas fecham o círculo. E se foram os cães? Ou os cavalos? Ou os leões? Ou outros seres? Vão matar todos?

Nos Países Baixos (até há pouco tempo Holanda) criam martas em quintas para depois utilizarem as peles dos pobres bichos. Julgava que as pessoas já se sentissem embaraçadas por gostar de vestir roupas obtidas a este preço. Já agora, é bom saber que a justiça do país, em 2016, proibiu a criação destes animais a partir de 2024. Vale mais tarde do que nunca.

Lá não crescem só tulipas.

Imagem: Wikipédia

Quando informação é confusão

Em tempos de Covid-19, as televisões devem ser ainda mais cuidadosas com as imagens com que ilustram as peças noticiosas. Se desadequadas podem falsear a notícia.

Aconteceu há dias, e não foi a primeira vez, estava a ver um noticiário quando passaram uma peça sobre a Comissão Europeia. O jornalista ia lendo a informação e passavam imagens de um encontro informal da presidente da Comissão com alguns políticos de diversos países da União. Estavam todos muito próximos e não havia quem usasse máscaras. Uma pessoa que estava sentada ao meu lado disse isto: “Assim é que eles dão o exemplo às outras pessoas? Olha como eles falam nas caras uns dos outros. Onde estão as máscaras e a distância de segurança?” Eu expliquei que eram imagens antigas, de quando ainda não havia esta doença e que a televisão as tinha ido buscar ao arquivo só para ilustrar a peça. Não devo ter sido muito convincente na explicação, porque o meu interlocutor olhou-me fixamente como que dizendo: não acredito. Saibam que não foi a primeira pessoa que me fez uma observação assim. 

Ora a televisão, neste caso era a RTP, podia colocar uma legenda indicando que eram imagens de arquivo. Já vi assim na SIC. Os bons exemplos devem ser seguidos para, pelo menos, não baralhar os cidadãos e no futuro não levar em erro os estudiosos do comportamento das pessoas em tempos desta pandemia.

Imagem: DGS

Teletrabalho nem serve para cobrar impostos

EM TEMPOS DE PANDEMIA

As repartições de finanças de Portugal continuam em teletrabalho, hoje dia 27 de maio de 2020. Se isto serve para preservar a saúde pública muito bem, mas se estão algures a trabalhar algumas funções devem exercer. Pelo menos aquelas que se nos afiguram mais simples como, por exemplo, atender telefones e dar informações aos contribuintes. Pelo resultado das diligências que tenho feito diria que nem para darem as respostas mais simples servem.

Vou deixar aqui escrito um caso concreto. Quero pagar o imposto sobre imóveis (IMI). Por qualquer razão não recebi o ofício para fazer o pagamento. Embora saiba que o prazo foi alargado quero liquidar o imposto. Quero, mas não me deixam.

Há dias pedi, por e-mail, para o endereço eletrónico que tirei da página da Internet das Finanças, o número do documento para fazer o pagamento por Multibanco, mas nada feito. Responderam-me prontamente que, devido às regras de confidencialidade não me podiam dar essa informação. Mas vejam bem, eu só pretendo o número do documento do pagamento ao Estado. Oxalá saibam guardar assim tão bem todas as informações dos contribuintes.

Ontem voltei à Internet ao sítio das Finanças onde verifiquei que a repartição do meu bairro tinha um horário de funcionamento e que fechava às 15 horas e 30 minutos. Devia ser verdade. Meti pés ao caminho e lá fui bater com o nariz na porta. Gravei os dois números de telefones que estavam nos folhetos. Sentei-me no passeio e comecei a ligar. O primeiro chamou, chamou, chamou e desligou. O segundo é daqueles do sistema passo-a-passo. Fui seguindo as instruções. Quando cumpri a última indicação é-me devolvida instantaneamente a seguinte gravação: “Prevemos que o tempo de espera seja superior ao desejado, por favor tente mais tarde”. Lindo, não acham? Só atendem por marcação, mas se não atendem os telefones como é que marcam?

Hoje voltei às chamadas telefónicas e o resultado foi igualzinho ao de ontem.

Ó senhores funcionários das Finanças de Portugal eu só quero pagar um imposto ao Estado…

O contágio galopa no Mundo

EM TEMPOS DE PANDEMIA

 

Não nos podemos descomprometer, temos de respeitar rigorosamente as orientações das autoridades de saúde, embora o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças considere que o número de doentes com a Covid-19, em Portugal, é baixo, elogiando as autoridades portuguesas por terem agido cedo, a propagação ainda é medonha.

Veja-se o que se passa a nível mundial. Os contagiados pelo SarsCov2 já somam quatro milhões. Só nos últimos 11 dias o número de infectados cresceu um milhão (Organização Mundial da Saúde).

 

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