Rio que corre em tempos de seca

INTERPRETANDO FOTOS

 

A colheita deste ano foi parca. O outono chegou, mas a chuva escasseia e o caudal do Rio continua tíbio. Montou-se um enigma frouxo. Cedo se percebeu que o mistério era mais uma revelação. Era quase claro que aguentaria as caneladas e até estava pronto para as retribuições.

Como já se decidiu e parece ter esperança que o outono e o inverno encham o Rio e lavem a poluição que tende a amontoar-se em períodos de seca, deixo-lhe aqui um conselho, que nem é meu, vi-o relembrado nas redes sociais e é assim:

“Você nunca vai chegar ao seu destino se parar e atirar pedras a cada cão que late” (Winston Churchill). Ele vai ser capaz?

Rio tejo
Imagem: JN

Tudo o que rodeia a Pousada da Juventude do Almograve está a ficar velho

Parecem-me mentirosas as fotografias que publicitam a Pousada da Juventude do Almograve. Possivelmente concordam comigo se visitarem o site e olharem para as fotos que aqui publico. Tudo o que rodeia o edifício está degradado.

O espaço envolvente: jardins, pátios, entradas, acesso ao vale verde e um banco que está ali para fazer de cereja no topo do bolo ao contrário (tábuas partidas, pregos descarnados, com os bicos espetados e o resto pronto para ferir os incautos) está velho.

Olhem um pouco para as fotografias que aqui publico e vejam a incúria que por ali prolifera.

Não entrei no edifício, podia ter chegado à receção e, encetando uma conversa, possivelmente, teria uma ideia do estado de conservação dos interiores, mas não era esse o meu objetivo.

Não sei se tem clientes em número significativo. O movimento era quase inexistente quando por lá andei. Sei que por estes dias têm lá estado hospedados os utentes de uma instituição de solidariedade social. Vi estacionado no átrio um autocarro que me informou ser a Câmara Municipal de Pinhel que traz à praia do Almograve um grupo dos seus munícipes.

Se olhar para as fotografias dos interiores que a Pousada publica aposto que estão condignamente instalados, mas posso estar equivocada. As imagens do espaço exterior enganavam-me se não tivesse resolvido entrar naquele pátio e olhar para tudo o que rodeia aquele grande edifício.

 

 

 

 

 

Vale de Santiago – aconteceram aqui desumanidades

INTERPRETANDO FOTOS

 

Uma rua de Vale de Santiago (Odemira)504
Imagem: Desobrigado

Onde estão as pessoas de Vale de Santiago? As ruas estão quase desertas. Refugiam-se do Sol. É um domingo de  agosto e, por aqui, o verão é abrasador. Logo, à tardinha, juntam-se na rua. As histórias que ontem foram contadas oferecem hoje novos capítulos.

Mora por aqui um velhote que reclama, quase sempre, a atenção dos seus conterrâneos. Ele quer, principalmente, que os mais jovens o ouçam, que fixem o que ele conta e que não deixem esquecer coisas que homens bons fizeram e as desumanidades cometidas por outros homens.

Ontem ele falou sobre um  homem valente e solidário que viveu aqui nas redondezas. Um homem abastado. Um dia os trabalhadores dos montes,  da aldeia e da vila levantaram-se contra as injustiças. Vieram as “forças da ordem”. Fizeram ouvir as botas cardadas. Arrastaram pessoas para as prisões. Alguns homens  entrincheiraram-se num monte. O homem abastado foi intermediário na rendição. As contrapartidas oferecidas  não foram respeitadas. Os homens do levantamento foram aniquilados e o homem bom vingou-se.

Uma rua de Vale de Santiago (Odemira)
Imagem: Desobrigado

 

 

Menino encostado à parede…

Menino tira as costas da parede que deve estar uma fornalha. Aí nesse teu amplo  país abrem-se-te os horizontes. Reclama por uma habitação correspondente à grandeza do teu país. Cresce, cuida-te e ganha mundo. Se esse teu mundo teimar em encostar-te reclama…

pobreza - moçambique - pixabay
Imagem: Pixabay

Sim, reclama. Empurra o teu horizonte e verás tudo o que existe mais à frente.

Olá menino…

Com o Casamento, o Sporting e a Taça, alguém os viu?

costa e ministro - Nuno andré Ferreira (Lusa)
Imagem: Nuno André Ferreira (Lusa)

Em dia de casamento de Harry e Meghan, de folhetim negro do Sporting, de Rali de Portugal e de véspera de jogo da Taça, sobra algum telespectador ou algum leitor para eles?

Os incêndios do ano passado foram uma coisa pavorosa. Prevenção a sério é necessária. Disponibilidade de meios de combate é essencial. Não podemos deixar que aconteçam mais tragédias. Quem pode e deve tem de virar mundos e fundos para salvaguardar as vidas das pessoas e os seus bens. Este assunto é sério, mesmo muito sério, e o Sr. Primeiro-Ministro e demais responsáveis estão de prontidão.

Oxalá não sejam necessários.

 

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