Desobrigado, isentado de obrigações, desonerado, mas que, mesmo assim, se obriga a ser sério e, por vezes pode sentir não estar desobrigado e, por isso, pode ir partilhando o que for de partilhar, sobre vivências, observações, leituras e outras informações. Embora possa considerar útil qualquer informação aqui publicada, lembre-se sempre que esta não substitui a consulta aos serviços competentes, conforme a matéria em causa.
Estava escrito nas estrelas. It was written in the stars.
Foram dias longos à espera, também aqui deste lado do Atlântico, mas correu bem. Os Estados Unidos da América (EUA) e o Mundo ganharam.
Parabéns, Joe Biden e Kamala Harris, Presidente e vice-Presidente eleitos dos EUA. Congratulations, Joe Biden and Kamala Harris, President and Vice President elected.
Já devem saber, mas deixem-me dizer também. O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, está infetado com o SarsCov2. O próprio anunciou e aproveitou para dizer que se sente bem.
A mudança parecia ter começado a operar-se. Ele deu a notícia aos jornalistas de máscara colocada. No fim lá veio o ar da sua graça. Deu uns passos atrás e mostrou-se.
Ele disse que vai continuar a trabalhar. Boris Johnson, o primeiro ministro britânico, também ia.
Eu tenho visto numa rua da cidade da Amadora, ali à frente do decrépito Lido, um depósito de óleo rançoso que, solidariamente, reparte o lixo com as pedras da calçada do passeio. Hoje voltei a passar por aquela rua e a imundice continua lá.
Senhora presidente da Câmara Municipal da Amadora, Carla Maria Nunes Tavares, e senhor vereador, Eduardo Amadeu Silva Rosa, com as competências do Ambiente e Higiene Pública, olhem atentamente para as fotografias que aqui publico e digam-me se isto não é poluição.
Saibam que do outro lado do passeio, atrás deste depósito e desta calçada imundos, corre a ribeira de Carenque, que deve estar infiltrada das gorduras que, nas pedras, têm deixado uma espécie de alcatrão.
Estava a gostar, Senhor Presidente? Estavam a gostar, meus senhores? Enquanto João Miguel Tavares discursava, em Portalegre, nas comemorações do 10 de Junto, os rostos estavam assim.
Imagem: Desobrigado
Imagem: Desobrigado
Imagem: Desobrigado
Depois de João Manuel Gaspar Caraça (2016), Manuel Sobrinho Simões (2017), Onésimo Teotónio Almeida (2018). O Presidente da República convida, para Presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do 10 de Junho, dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, João Miguel Tavares.
O Senhor Presidente terá gostado do discurso do seu convidado? Não o queria mais a seu lado? à sua maneira?
No Lubango, aquela voz que eu ouvi lá atrás da multidão, que dizia no tom amigável usado pelos portugueses “Marcelo! Marcelo!”, queria dizer “o Presidente é meu!”. Enquanto os visitados lhe dançavam em redor. O envolviam. O apertavam e clamavam por ele: “Célito! Célito!”.
O Senhor Presidente foi lá abraçar todos. Na viagem, passou de dentro do carro blindado para o estribo, para saudar toda a gente. Deve andar a pôr a cabeça em água à segurança e ao anfitrião.
Eu quero ir numa viagem assim. Talvez na próxima visita a irmãos ele se lembre de me levar na bagagem.
Corria o dia de São Martinho, sem sol, igual ao anterior àquele em que o Santo dividiu a capa com o Mendigo. Um dia de São Martinho que foi assolado por chuva e ventania.
Até podíamos dizer que estava um dia de recolher as espécies e lançar a Arca ao mar. Com o céu a entornar água sem fim, o magusto foi transferido do campo para dentro de casa.
As notícias acompanhavam o estalar das castanhas e o escorrer da água-pé. Alguém começou a dar atenção às informações. Pediu um pouco de silêncio: “Escutem! Passa-se algo no nosso espaço aéreo. Há um avião em perigo! Esperem, parece que vai amarar no Tejo. Não, agora começou a ser escoltado por dois caças da Força Aérea que vão tentar fazê-lo aterrar em segurança”.
Estava tudo bem. Deixámos a televisão e voltámos às castanhas e a tudo o mais. Quando as notícias se impuseram outra vez, a aterragem tinha sido um êxito, mesmo que à terceira tentativa. Os pilotos dos F16 conduziram o avião com mestria, saudaram os tripulantes do Astana. Inverteram o voo e voltaram à sua Base.
Eficiência total no desempenho da missão. Dois dias depois, aqueles dois homens falaram para um canal de televisão. Atenciosos, com sorrisos no rosto e, obviamente, felizes contaram o que fizeram.
Então e agora Sr. Presidente? Esteve atento? É verdade, tem tantas solicitações. Mas com todos os olhos aí do Palácio, está bem informado os pilotos da Força Aérea não vão ser esquecidos. Quero medalhas para aqueles que levaram o avião desorientado até uma aterragem milagrosa.
Fica lá para a Oceânia (Pacífico). É um território ultramarino francês. Há lá quem queira ser independente. Em 1998 foi celebrado o Acordo de Nouméa (a capital do território deu-lhe o nome) prevendo a passagem do poder e a consulta à população sobre a possibilidade de independência.
No passado dia 2 os caledónios foram a votos. Os eleitores rondam os 175000. 80% deles votaram e 56,4% destes disseram que não querem ser independentes. A Nova Caledónia vai continuar a ser um território ultramarino francês e Emmanuel Macron diz que está orgulhoso.
O presidente francês não pode dormir descansado sobre o assunto. O líder independentista, Alosio Sako, diz que “ficaram a dois palmos da vitória” e possivelmente vai reclamar um novo referendo. Na verdade estão previstos, no Acordo de Nouméa, celebrado entre a França e a Nova Calendónia, mais dois referendos, sobre a possibilidade de independência do território.
Vamos aguardando notícias sobre as opções dos caledónios.
Imagem: Google
Imagem: DR (experimente olhar para oriente. passe Portugal, Espanha, França. continue em frente, sempre em frente, lá para o oriente encontrará a Nova Caledónia. Um território ultramarino francês
Legenda: situe-se em Portugal. Experimente olhar para oriente. Passe para Espanha e depois para França. Continue em frente, sempre em frente. Lá para o Oriente encontrará a Nova Caledónia, veja bem, um território ultramarino francês.
Em tempos de Haddad e Bolsonaro houve notícias pouco noticiadas. Como esta: no passado dia 26 a República da Irlanda elegeu um novo Presidente da República e respondeu em referendo sobre a supressão do crime de blasfémia da Constituição do país.
Os candidatos à Presidência da República eram seis e foi reeleito o atual Presidente, com 55,8% dos votos dos 3,2 milhões de eleitores. Quanto ao referendo, os irlandeses disseram que o crime de blasfémia devia ser banido da Constituição.
Correu bem a reeleição do Presidente da República da Irlanda e o referendo também não deu que falar. Michael Higgins, de 77 anos, ganhou novo mandato. Poucos falaram e menos comentaram as eleições neste país da União Europeia. Foi melhor assim, os 3,2 milhões de eleitores votaram, souberam os resultados e aguardaram calmamente o desenrolar dos acontecimentos eleitorais do outro lado do Atlântico. Esses sim com todos os olhos em cima.
Mas podia-se ter noticiado: as eleições na República da Irlanda só têm uma volta; cada eleitor pode votar em mais do que um candidato, ordenando-os pela ordem da sua preferência; os votos da segunda escolha são transferidos para o candidato mais votado; a contagem dos votos só é feita no dia seguinte. Também podiam ter informado que a Constituição do país tinha inscrito o crime de blasfémia (ofensa religiosa) e que embora a sua previsão se mantivesse havia uns 300 anos que ninguém era condenado.