O tio Célito é dos angolanos, o Presidente é dos portugueses

AS PALAVRAS

 

No Lubango, aquela voz que eu ouvi lá atrás da multidão, que dizia no tom amigável usado pelos portugueses “Marcelo! Marcelo!”, queria dizer “o Presidente é meu!”. Enquanto os visitados lhe dançavam em redor. O envolviam. O apertavam e clamavam por ele: “Célito! Célito!”.

O Senhor Presidente foi lá abraçar todos. Na viagem, passou de dentro do carro blindado para o estribo, para saudar toda a gente. Deve andar a pôr a cabeça em água à segurança e ao anfitrião.

Eu quero ir numa viagem assim. Talvez na próxima visita a irmãos ele se lembre de  me levar na bagagem.

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