QUERER É PODER
Salvo os cretinos, que vivem à conta da imunidade adquirida pelos outros, todos devíamos cumprir as regras determinadas pelas autoridades de saúde. Ontem, noventa e uma pessoas perderam a vida, em Portugal, infectadas pelo SarsCov2. Ah! eu sei que muitos acreditam que a doença só é grave para os mais velhos, mas já vai sendo tempo de perderem essa ilusão.
Quem não acredita ou simplesmente não se importa de ficar infetado pensando que, no seu caso, não haverá consequências, leia este estudo (Coverscan), de cientistas britânicos, que elenca as consequências da doença Covid-19. Este refere, nomeadamente, que quem contrai a doença fica sempre com algum dano e que, desses, a 25% afeta-lhes um ou mais órgãos.
Já ouvi, de tantos profissionais da área da saúde, que a redução do número de infetados pelo SarsCov2 está nas mãos de cada um de nós. As infeções, no nosso país, aumentam assustadoramente. As camas de cuidados intensivos estão à beira da ocupação total. Proximamente os profissionais de saúde têm de começar a fazer escolhas difíceis. Mas se o alívio nos hospitais está dependente das nossas atitudes, porque deixamos crescer o número dos que sofrem e dos que morrem? Parece ser porque as pessoas simplesmente não querem saber. Então, por isso, apetece-me enunciar e responder a uma questão.
Se os cientistas descobrissem que para as pessoas não sofrerem de algumas doenças que levam a grande sofrimento e à morte (cancro, por exemplo) bastava que, durante uns doze meses, todas as pessoas usassem máscara, higienizassem as mãos e mantivessem algum afastamento umas das outras, haveria quem não acatasse e não respeitasse as medidas aconselhadas? Sinceramente acredito que nem pestanejavam. Aderiam rapidamente a todas as medidas. Não haveria quem pensasse sequer em furar as determinações das autoridades. Salvo os cretinos, mas esses vivem à conta da imunidade adquirida pelos outros.
Ora vejam então, sabendo-se como se sabe que se pode pôr uma barreira, quase intransponível, entre as pessoas e o SarsCov2, porque não se respeitam as regras determinadas pelas autoridades de saúde? Respondem-me que esta doença não é assim tão grave? então ainda não viram imagens de pessoas internadas em cuidados intensivos? ainda não ouviram falar quem lá esteve e recuperou?
Imagem: Pixabay Imagem: Pixabay Imagem: Pixabay
Deixe uma Resposta