Mas eles inçam o Alentejo de culturas intensivas e matam a boa qualidade do azeite e as terras sem dó nem piedade.
A caminho de Beringel (distrito de Beja) correm em sentido contrário à marcha do meu carro os olivais de cultura intensiva que me sobressaltam pelo mal que fazem à terra, à boa qualidade e ao bom nome do azeite de Portugal. Fui à Cooperativa Agrícola comprar o azeite que durante mais um ano irá temperar os meus cozinhados.
Quando chego digo ao que vou e logo a seguir, como é meu costume (sempre na esperança que o meu interlocutor não se ofenda), pergunto se as azeitonas continuam a vir dos olivais antigos e, invariavelmente, responde-me que sim. Este ano dei por mim a responder também à minha pergunta dizendo: “ora, deixe lá, enquanto nós gostarmos dele …”, quem me atendia olhou-me fixamente e não me respondeu. Que me perdoe. O azeite, como nos anos anteriores, é mesmo uma delícia. Mas eu vi que Melos e companhia inçam o Alentejo de culturas intensivas e matam a boa qualidade do azeite e as terras sem dó nem piedade.

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