A Associação Nacional de Municípios Portugueses pede-vos que aprovem o Orçamento do Estado para o ano 2022.
Imagem: Lusa
Desobrigado, isentado de obrigações, desonerado, mas que, mesmo assim, se obriga a ser sério e, por vezes pode sentir não estar desobrigado e, por isso, pode ir partilhando o que for de partilhar, sobre vivências, observações, leituras e outras informações. Embora possa considerar útil qualquer informação aqui publicada, lembre-se sempre que esta não substitui a consulta aos serviços competentes, conforme a matéria em causa.
A Associação Nacional de Municípios Portugueses pede-vos que aprovem o Orçamento do Estado para o ano 2022.
Oh! senhor ministro Eduardo Cabrita, lá vem o agendamento potestativo, aquela figura regimental da Assembleia da República que o obriga, neste caso, a ir responder à respetiva comissão de inquérito. Pensava que tinha deixado de ser o bombo da festa? Eutambém.
O debate parlamentar sobre estado da Nação aconteceu e nada de interessante lá se passou, a não ser o Primeiro-Ministro ter estado no seu melhor e a oposição, salvo poucas exceções, ter-se mantido igual a si mesma. Sem ideias. Repetitiva e desinteressante. Gritou, “malhou” mais uma vez no ministro que, coitado, não há mal que não lhe aconteça, mesmo assim, não se justifica tamanho assédio, qualquer um, neste difícil lugar da governação não faria melhor. Naquela toada de sempre, cedo a oposição deu o debate por perdido e entregou os pontos a António Costa. Agora alguém quer uma segunda oportunidade.
Senhor ministro deixe-os. Esqueça-os até à ida ao Parlamento. Olhe, aconselho-lhe um livro de Olga Tokarczuk, escritora polaca, que estou a ler. Tem o título “Viagens”. Eu diria que se trata de um relato de viagens efetivas e de outras viagens simbólicas por diversos assuntos. Muitos são densos, mesmo muito pesados. Eu gosto de livros escritos assim.
Existe um tema sobre uma coleção de aberrações humanas que é muito doloroso para fazer frente a insónias. Mesmo assim, não me incentiva a desistir, até porque tenho esperança de encontrar o último capítulo de um desaparecimento de uma mãe e de um filho, a que a autora vai voltando, que saíram do carro deixando o condutor ao volante. Iam só ali. Os dois caminharam, caminharam e desapareceram. Estavam de visita a uma ilha. A população e a polícia procuraram dias a fio e ainda não os encontraram. Como é hábito, o condutor que é o marido da desaparecida e o pai da criança, é o principal suspeito da polícia.
Agora leio um texto mesmo a propósito do sono que me foge. A autora refere-se à glândula pineal, no seguimento de uma história que contava sobre um homem que recorreu a uma ex-namorada, que não via há muito tempo, para o ajudar a morrer já que sofria de uma doença incapacitante, degenerativa, incurável e não encontrou quem o ajudasse a pôr fim ao sofrimento. A seguir ela lembra-se da glândula pineal, que designa de um “terceiro olho escondido”.
Fiquei tão curiosa com este terceiro olho que fui pesquisar. Glândulas? Sei que temos muitas espalhadas pelo corpo, mas esta pareceu-me muito mais interessante. Apesar de encontrar um texto que refere que esta é muito considerada nas pseudociências.
Olha que pena! E nas ciências a sério? Talvez seja melhor ficar por aqui. Para ser verdadeira o que despertou o meu interesse foi a escritora lhe chamar o “terceiro olho” (porque se localiza algures no cérebro?), mas não encontrei qualquer justificação para ela assim a designar. Ainda li que René Descartes acreditava que a glândula pineal seria a “principal sede da alma”, e isto já volta a ter o seu interesse. Ah! voltando às funções desta glândula: produz melatonina que modula os padrões do sono. Passou a ser a minha glândula preferida. Ela tem de saber esta informação.
Quanto à designação da autora como sendo um terceiro olho, pode ter a ver com a sua existência sob a pele de alguns peixes, répteis e anfíbios, onde recebe informações de luz diretamente. Saibam que a Wikipédia me deu uma grande ajuda https://pt.wikipedia.org/wiki/Glândula_pineal).
Juro que vi um desfile onde um carro era encimado por um caixão. Francamente, quando a Covid-19 mata tanta gente. As famílias choram a sua perda. Os profissionais da área da saúde estão exaustos. Os Governantes esforçam-se para manter o País a funcionar. Então os senhores empresários não querem saber de restrições. Querem a vossa vida normal de volta. Mas não estamos todos a fazer sacrifícios?
Os protestos dos empresários da área da restauração estão a parecer-me excessivos, mais pela forma que utilizam, mas também porque alguns deles, quando colocados perante câmaras das televisões, “choram” porque o negócio desce a pique e, depois comparam com os números do negócio dos tempos homólogos, em que prosperam abundantemente. Por vezes os números são tão elevados que me pergunto se eles não estarão a abrir portas para uma fiscalização a sério por parte das entidades competentes. Apetece-me perguntar-lhes para onde foi o dinheiro dos bons tempos? Agora que todos estão em crise pressionam o erário público construído à custa de quem paga impostos.
Há uns dois dias vi uma reportagem na RTP3 (2020/11/9, 19h 25m) onde um empresário da restauração do grande Porto dizia que o seu restaurante servia umas 400 refeições diárias e que agora estava pelas ruas da amargura. Então fiz umas contas por alto. Se aquela casa vendia assim, se cobrasse oito euros, em média, por cada refeição, em 365 dias a faturação seria à volta de um milhão e cem mil euros. Empresários como este deviam “chorar” menos na praça pública.
Eu sei que nem todos facturavam alto e acredito que muitos, hoje, estejam a passar mesmo um mau bocado para fazer face às despesas do dia-a-dia. Também sei que quando se queixam de serem tratados de formar desigual (em vosso desfavor) comparando com as grandes superfícies, que até estão no negócio da comida entregue ao domicílio, tenho de lhes dar razão.
Mesmo assim, senhores empresários, os vossos protestos têm-me parecido de algum exagero e, por vezes, a roçar a deselegância e o mau gosto. Desfilam com bandeiras brancas e um caixão encimando um carro. Francamente, quando a Covid-19 mata tanta gente. Quando as famílias choram. Os profissionais da área da saúde estão exaustos. Os senhores empresários não querem saber de restrições. Querem a vossa vida normal de volta. Mesmo que os números da pandemia cresçam, cresçam. Mas não estamos todos a fazer sacrifícios?
APERTOS
Quando os deputados aprovam leis inconstitucionais no Parlamento, os microempresários e os empresários em nome individual, que viram as suas atividades económicas reduzidas devido à crise de saúde pública (Covid-19), continuam a esperar por alguma proteção social.
O Presidente da República devolveu a Lei que previa a extensão, do apoio extraordinário à redução da atividade de trabalhador independente, aos microempresários e empresários em nome individual. O Diploma, na análise do Presidente, violava a “lei travão” (a Lei que interdita despesas não previstas no Orçamento de Estado que esteja em vigor).
Alguns deputados comprometem-se, agora, a integrar aquele apoio no Orçamento Suplementar, que aguarda votação na especialidade na AR. Vamos esperar para ver se os partidos políticos, que aprovaram a Lei, mantêm o sentido de voto, aprovando a proposta que o Partido Ecologista os Verdes anunciou ir apresentar.
APERTOS E ABRAÇOS
Enquanto se desenrola a bobina do folhetim de umas armas roubadas e aparecidas em Tancos, sem sabermos onde começa a luta política e se inicia a justiça, leio A Revolução das Plantas (editora Pergaminho) de Stefano Mancuso. Espero que o mistério se desadense e penso: às vezes há quem pense que se benze e parte o nariz.
Adoro plantas e, agora, pressinto que algumas sabem disso. O autor conta-me sobre estudos seus e de outros cientistas, que me estão a deixar deveras impressionada.
São as plantas que se mimetizam. As plantas que enganam insetos. As plantas que trocam as voltas aos homens. As plantas que fecham as folhas quando caem de alguns centímetros de altura e que, depois, se habituam à queda e deixam de se fechar. As plantas que sacodem as sementes para longe porque não querem concorrência. As plantas que alimentam o mundo de calorias. As plantas que servem de modelos para a robótica. São as plantas. São as plantas. São as plantas.
Começo a olhar estes seres na esperança de ver algo que me tenha escapado. Até já vi uma duna abraçada por um pinheiro, que foi atirado contra as areias pelas chuvas e ventanias do Atlântico e sobreviveu. Está enraizado de um dos lados e cresce, cresce esticado pelo chão.
Há dias que passo ali ao lado, mas hoje vi-o e assisti a um novo capítulo do folhetim. Vou continuar a ler A Revolução das Plantas e fico a ganhar, tenho a certeza.
As Bahamas são um país independente do Reino Unido desde 1973.
Localizam-se ali à direita da Flórida (EUA) e de Cuba. O furacão Dorian passou por lá. Demorou-se e deixou uma destruição impressionante. Todos vimos nas televisões e nas redes sociais.
Quando ouvíamos falar de Bahamas víamos uma imagem idêntica a esta.
APERTOS
Desculpem-me as pessoas que põem as vidas em perigo para acudir a quem precisa, mas, mais uma vez, o grosso dos meios parece ter chegado tarde. Pois, se estavam de prontidão há tanto tempo…
Então, dei por mim a pensar: talvez os fogos só se apaguem quando estão monstruosos; possivelmente os meios de combate aos incêndios estão todos, sempre, muito longe dos sítios onde deflagram os incêndios; porventura os reforços só podem ser pedidos quando ardeu tudo o que havia para arder.
Que má sina a das pessoas que vivem este tormento!
EM APERTOS
Voz sumida. Vergada sob o peso do Acordo. Escondida no seu vistoso blazer ela aguenta mais uma pesada derrota. A anuência às imposições da União Europeia desuniu os seus pares e a oposição.
Segue-se, Theresa, uma carga de trabalhos para descalçar a bota que o seu antecessor lhe ofereceu, quando verificou que os seus cálculos estavam errados.
E agora, Theresa?
APERTOS
Uma família alemã tinha uma dívida fiscal que não conseguia pagar. As autoridades olharam para os bens e encontraram duas hipóteses de penhora: a cadeira de rodas de um membro da família e o animal de estimação.
Optaram pelo confisco do animal, uma cadela de raça Pug, que venderam no eBay por 750€. Podiam ter vendido melhor. A raça da Edda é valiosa.
Aconteceu na cidade de Ahlen (Alemanha). Tudo legal. Assim acabo de ler na Lusa.