Há discurso novo

O novo líder do Partido Social Democrata (PSD) apareceu na TV e fez uma declaração bombástica. Disse ele, mais ou menos isto: “O Governo de António Costa, ainda com tão poucos meses, está desgastado”.

Luís Montenegro retomou o discurso de Rui Rio durante a última campanha eleitoral. Lembram-se de o vermos percorrer as ruas e as estradas do país gritando que António Costa estava tão cansado, tão desgastado que, coitado, não podia ir longe.

Todos sabemos o resultado que o PSD obteve, menos o atual líder do partido.  Então temos de lhe dizer que foi assim: PS = 41,37%; PSD = 27,67% (eleição legislativa 2022, fonte: CNE). Gosta? Então insista.

A imagem que se segue não completa o texto ela é por si só uma notícia, um ruído, uma demonstração de insensibilidade. Olhem para ela e vejam se descobrem a mensagem. Dou uma ajuda dizendo que se trata da diretora adjunta da FAO, que é a Agência das Nações Unidas para erradicar a fome no Mundo. A fotografada dava uma entrevista à RTP no âmbito do seu cargo, enquanto decorria a Cimeira dos Oceanos, em Lisboa.

Imagem: Desobrigado.com (captada da TV)

Parabéns senhor Presidente eleito. Congratulations, Joe Biden

Estava escrito nas estrelas. It was written in the stars.

Foram dias longos à espera, também aqui deste lado do Atlântico, mas correu bem. Os Estados Unidos da América (EUA) e o Mundo ganharam.

Parabéns, Joe Biden e Kamala Harris, Presidente e vice-Presidente eleitos dos EUA. Congratulations, Joe Biden and Kamala Harris, President and Vice President elected.

O contágio galopa no Mundo

EM TEMPOS DE PANDEMIA

 

Não nos podemos descomprometer, temos de respeitar rigorosamente as orientações das autoridades de saúde, embora o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças considere que o número de doentes com a Covid-19, em Portugal, é baixo, elogiando as autoridades portuguesas por terem agido cedo, a propagação ainda é medonha.

Veja-se o que se passa a nível mundial. Os contagiados pelo SarsCov2 já somam quatro milhões. Só nos últimos 11 dias o número de infectados cresceu um milhão (Organização Mundial da Saúde).

 

Ao que podemos controlar porque não dizemos não?

ENSINAMENTOS

 

Aí está, ali ao lado, a central nuclear de Almaraz tem autorização para funcionar até 2028. Devia encerrar em junho deste ano, mas vai continuar.

Enquanto nos consumimos de medo da Covid-19, que o SarsCov2 faz alastrar pelo Mundo sem que possamos compreender como é possível que tenha acontecido esta enormidade de contágio, andamos distraídos de outros males.

E aí está, mesmo ali ao lado, os donos da central nuclear de Almaraz (a Iberdrola – 53%; a Endesa -36%; a Naturgy – 11%. Segundo a Lusa) têm autorização para ela funcionar até 2028. Devia encerrar em junho deste ano, mas vai continuar.

Havia quem tivesse esperança de que as autoridades espanholas não deixassem que a central nuclear continuasse a trabalhar, mas o Conselho de Segurança Nuclear espanhol já autorizou.

A permissão definitiva cabe ao Ministério para a Transição Ecológica de Espanha que ainda não se pronunciou. Façamos figas para que o terror causado pelo vírus tenha criado fundamentos fortes para afastar o que está ao alcance do ser humano e que a produção de energia nuclear e o armazenamento de resíduos não tenham lugar em Almaraz.

Ainda não havia medo - Covid-19
Imagem: DGS (antes do medo)

Impiedosos, atrozes, brutais, inumanos são os que apedrejam pessoas e autocarros por causa da Covid-19

COISAS TRISTES

 

A Covid-19. Não se passa mais nada no Mundo? Perguntam alguns. Eu digo que se passa muito mais, mas, efetivamente, esta pandemia é assustadora, pavorosa, medonha, intimidante. É tudo isto. É terrível pela doença que dilacera os corpos e ceifa vidas e pela crueldade que alguns seres humanos não conseguem manter escondida onde sempre esteve à espera de se revelar.

Estamos a viver dias negros regressados da escuridão lá dos tempos da Idade Média. Vi hoje uma notícia arrasadora daqueles tempos, mostrando a pior face do ser humano. Um autocarro e as ambulâncias que transferiam utentes de um lar de idosos foram apedrejados por pessoas que são seres desumanos. Aconteceu aqui ao lado, na nossa vizinha Espanha, mas coisa idêntica sucedeu na Ucrânia quando regressavam a casa os nacionais daquele país que tinham estado aprisionados naquele navio de cruzeiros, no Japão.

Esta gente, à noite, coloca a cabeça na almofada e dorme? Possivelmente, hoje, sim. No futuro, se a humanidade lhes tiver regressado, talvez as suas consciências pesadas lhes devolvam pesadelos no lugar dos sonhos. Mas receio que estes seres não tenham consciência. Eles são desumanos.

Utentes de lar apedrejados em Espanha
Imagem: La Vanguardia

 

 

 

 

Olá Mundo somos os Caretos de Podence Património Cultural Imaterial da Humanidade

EM PORTUGAL

 

Olá Mundo, nós somos os Caretos de Podence, Macedo de Cavaleiros, Trás-os-Montes, Portugal. A nossa aldeia situa-se aqui no norte do país. Somos poucos, uns 180 habitantes, mas temos preservado os Caretos e comprometemo-nos a manter viva esta nossa cultura e hoje fazemos parte da lista de Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).

Durante muito tempo fomos poucos Caretos. Como nós, os habitantes de Podence também se reduziram. Ausentaram-se. Foram atrás de uma vida melhor. Muitos têm regressado e nós os Caretos temos crescido e tornámo-nos visíveis aos olhos de muita gente. Aventurámo-nos por aí fora. Demo-nos a conhecer e os governantes de Portugal levaram-nos até à UNESCO e candidataram-nos à inclusão na lista onde figura o Património Cultural Imaterial da Humanidade. Tivemos muita esperança que a candidatura saísse vitoriosa e fomos felizes.

A UNESCO Já nos incluiu na lista onde já figuravam o Fado, o Cante Alentejano, a Dieta Mediterrânica, a Falcoaria e os Bonecos de Estremoz. Agora foi a nossa vez. Somos Património Cultural Imaterial da Humanidade. Somos os Caretos de Podence.

Hoje estamos, ainda, mais felizes. Estamos felicíssimos. Aguardem-nos no próximo Entrudo Chocalheiro. Vão ver o que é a festa dos Caretos de Podence.

 

O reino de Tonga e as palavras

O MUNDO

O reino de Tonga surgiu no livro que estou a ler. Mais um de Paul Theroux. Nesta obra o escritor fala de uma viagem que fez pelo Sul do seu país, os Estados Unidos da América, onde foi surpreendido pelas péssimas condições de vida dos seus compatriotas, que ele chega a comparar aos países de África que ele percorreu demoradamente. Digo-vos que é bem interessante.

Neste livro, Paul Theroux, escreve sobre o uso de algumas palavras por segregados e segregadores, que ainda hoje são proibidas para os últimos e que os outros usam como sendo só suas. Um direito de propriedade só deles.

A propósito do uso de algumas palavras, o escritor conta que, no reino de Tonga, os cidadãos comuns estão proibidos de falar usando termos das pessoas de alta estirpe. Não duvido do escritor, mas fui saber um pouco mais sobre esta proibição absurda.

O que encontrei sobre os tonganeses: têm um analfabetismo de 0,8%; o Índice de  Desenvolvimento Humano é de 0,726 (IDH-elevado); a terra pertence toda à Coroa e é administrada pelos nobres; “todos os homens, quando atingem 16 anos, têm o direito de alugar, por uma pequena taxa e para a vida, 8 1/4 acres (3,4 hectares) de terra arável, mais uma cota pequena na cidade para sua casa (in:https://www.portalsaofrancisco.com.br/turismo/tonga)”.

Talvez em alguns destes factos e nos antigos tabus resida o fundamento para aquelas proibições.

Debrucei-me um pouco mais sobre este país e perdi-me nos encantos deste arquipélago da Polinésia, no centro-sul da Oceania. Tonga é um reino que se tornou independente do Reino Unido em 1970. Tem 748 km2. A divisão administrativa é composta por três conjuntos de ilhas. Tem 112 000 habitantes (estimativa de 2018. Em 1960 eram 50 000). Os nacionais são designados por tongaleses. Os idiomas são o tongalês e o inglês. Tem fronteiras a norte com o território Frances de Wallis e Samoa, a nordeste com Samoa Americana, a leste com territórios da Nova Zelândia, a oeste com Fiji e ao sul com Kermadec.

 

 

 

 

 

 

 

Algumas vidas mudam pouco!

O MUNDO 

Entre as duas fotografias medeiam quase 30 anos. Ora vejam como tudo se pode manter igual durante tanto tempo!

Bissau, há 27 anos e hoje,  respectivamente, na primeira e na segunda fotografia.  As vidas das pessoas e das coisas estão iguais. Até os automóveis parecem os mesmos. Mas alguma coisa terá mudado, oxalá que para melhor.

No que toca à saúde, a condição de vida das pessoas,  parece não ter melhorado. A segunda foto ilustra uma notícia que a Lusa publicou hoje sobre a rotura, há uns quatro meses, no fornecimento de antirretrovirais.

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Imagem: Desobrigado

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