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A essas pessoas gostava de dizer que isto aqui é Portugal, localizável no lado mais ocidental da Europa, na Península Ibérica. Também são Portugal os arquipélagos dos Açores e da Madeira, situados no Oceano Atlântico. Por isso se diz Portugal Continental e Portugal Insular. Quando nos referimos a Portugal, estamos a incluir Portugal Continental e Portugal Insular, portanto basta dizermos Portugal e está tudo dito.
Temos fronteiras com Espanha (a mais antiga da Europa) e com o Oceano Atlântico.
Nós, os habitantes de Portugal, somos os portugueses, também somos conhecidos como lusitanos, mas esta é uma história muito velha (talvez um dia deste fale um pouco sobre isso). A nossa língua oficial é o português. A cidade capital do país é Lisboa.
Portugal é um país antigo, com uns 876 anos. Durante este longo período procuramos mais mundo. Intrometemo-nos na vida de outros povos. Estivemos nos Descobrimentos. Corremos mares e continentes. Fomos ocupantes e colonizadores. Repusemos as situações devidas às pessoas dos países que dominámos, quando os opressores de cá nos permitiram. Hoje vivemos bem uns com os outros. Estamos juntos na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Estendemos os braços uns aos outros quando é preciso, de cá para lá e de lá para cá. Aqui guardamos a bela memória dos cordões humanos que fizemos para ajudarmos a libertar os timorenses quando um vizinho os violentou. Fomos até lá, tão perto quanto as armas que nos apontaram permitiram. Queríamos que os timorenses soubessem que não estavam sós. E não é que bateu certo? Eles ganharam a independência, depois de serem massacrados pelo opressor, é verdade.
Também quero que saibam que a nós, também um vizinho nos roubou a independência durante 60 anos, nos séculos XVI e XVII. Por culpa interna, também a democracia, algumas vezes, soçobrou. Da última vez estivemos agrilhoados, reprimidos e subjugados durante 48 anos. Pusemos fim à opressão no dia 25 de Abril de 1974. A liberdade foi reposta e a “festa foi bonita”. Somos 10 milhões a viver aqui, mas faltam três milhões que se espalham um pouco por todo o mundo.
Hoje temos poder, pois mantemos a liberdade e votamos livremente há quase 50 anos. Tanto tempo já decorreu que alguns de nós já nos damos ao luxo de não praticar o melhor que a democracia tem, a possibilidade de escolhermos quem queremos que nos represente nas instituições políticas.
É sabido, não vivemos num mar de rosas. Ainda não chegámos lá. Os salários são muito baixos. Temos, ainda, muitos pobres. Muitas pessoas vivem abaixo do limiar de pobrezae outras vivem literalmente sem abrigo. Ainda há algum analfabetismo. Ainda há em Portugal jovens que queriam estudar no ensino superior e não têm condições económicas para o fazer. Nem sempre acertamos nas escolhas. Ainda há pouco tempo, elegemos homens e mulheres que foram capazes de apelidar os idosos de “a peste grisalha” e de lhes fazerem muitas outras ofensas, como cortar o valor das pensões, surripiar os subsídios de férias e de Natal, reduzir os ordenados dos seus filhos e dos seus netos, tornando-os dependentes dos mais velhos, quando a Banca lhes penhorou as habitações. Convidaram os mais jovens dos trabalhadores a emigrar e até lhes disseram que os empregados de mais idade lhes roubavam os postos de trabalho.
Os governantes de hoje são mais respeitosos. Estamos, aos poucos, a melhorar. As pessoas são mais felizes.
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