EM PORTUGAL
Está em debate, na Assembleia da República (AR) o programa do segundo governo de António Costa. Hoje fui dando atenção ao desenrolar dos trabalhos e relembrando alguns acontecimentos mais ou menos laterias ao debate. Vi algumas coisas ridículas e outras oportunistas e vi os palcos que são abertos sem mais quê nem porque não.
PALCO UM
Ele fez promessas. Terminou a campanha. Os votos foram contados e a maioria foi sua. Formou o XXII Governo Constitucional. Levou-o a Belém e o Presidente da República deu posse àquela manifestação.
Começou a cumprir as promessas. A primeira até parece tê-lo deixado um pouco constrangido. É muito bem feito, devia ter pensado bem quando lá fui a primeira vez, mas pronto, já está, deve ter pensado quando virou as costas.
Um jornalista da RTP disse que parecia estar-se em campanha eleitoral. Não, era só um pouco mais de palco.
PALCO DOIS
A Presidência da AR estava a votos, quando ele ouviu o seu nome, levantou-se, foi direto à urna de voto que se centrava no hemiciclo. Terminada a caminhada, aconteceu o sobressalto. Tinha-se esquecido de levar o boletim.
Voltou ao lugar, deitou a mão ao impresso e lá foi outra vez, mas, azar dos azares, esqueceu-se de assinalar a sua opção. Não foi capaz de enfrentar outro regresso à bancada. Ali mesmo, pegou na caneta e assinalou, à frente de quem olhava, a sua escolha. Um palco indesejado?
PALCO TRÊS
Ainda não tinha chegado à AR e já a cadeira lhe servia de palco. O espaço é acanhado e o deputado tem de incomodar os vizinhos para se sentar, ouvia-se por todo o lado.
O alarido foi tanto que houve como que uma excursão de colegas para dois dedos de conversa.
Ora francamente! Será a primeira vez que aquele lugar do Parlamento está ocupado?
O burburinho nem tem qualquer justificação, pois nas costas da cadeira existe uma passagem por onde o dono pode entrar e sair quando lhe apetecer, sem incomodar terceiros.
Claro que foi uma maneira de dar palco a quem chegou agora. Os dois outros novos não souberam aproveitar. Se tivessem estudado alguma coisa podia ter surgido.
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