O parque infantil está novo

COISAS INTERESSANTES

O parque infantil, do centro de Queluz, está a receber os meninos como eles merecem. As obras tardaram. Os buracos mantiveram-se durante muito tempo, mas hoje está como novo.

Há sete meses mostrei aqui as fotos das armadilhas onde as crianças podiam ser apanhadas. Hoje o espaço das diversões está lisinho e colorido.

As crianças podem divertir-se em segurança. Meninas e meninos desejo-vos boas brincadeiras.

 

Sou madrinha da Armeria Velutina

Eu tinha prometido que ia ser madrinha de uma planta. Eu escrevi que ia ser madrinha da Armeria Velutina. Correu algum tempo é verdade, mas hoje já posso afirmar que sou madrinha desta linda planta. Não é uma planta qualquer. Ela pertence à Lista Vermelha. Como muitas outras, está em via de extinção.

A Sociedade Portuguesa de Botânica (SPB) e a Associação Portuguesa de Ciência da Vegetação (PHYTOS), em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, I.P. (ICNF), vêm desenvolvendo um estudo, desde 2016, designado por “Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental”. São critérios globais os que estão a ser seguidos pelos cientistas e são definidos pela União Internacional para a Conservação da Natureza.

O trabalho é financiado por programas da União Europeia, mas os valores atribuídos são insuficientes para concluir o projeto. Então, para que cada um de nós se possa sentir capaz de salvar uma vida, a SPB lançou uma campanha designada por “Apadrinhe uma Planta da Lista Vermelha” que pretende angariar donativos para ajudar a suportar os trabalhos de prospeção das plantas-alvo.

São plantas de Portugal e estão em vias de extinção. E se nós as ajudássemos a preservar? Acedam ao endereço: http://www2.icnf.pt/portal/pn/biodiversidade/patrinatur/lista-vermelha-flora-vascular-portugal-continental 

armeria velutina - SPB
Imagem: SPB (Armeria Velutina)

O benemérito ofereceu-lhes a fórmula: os monges produzem o licor

O mosteiro de Singeverga localiza-se na freguesia de Roriz (distrito do Porto).

 

Eu vi publicada, em muitos meios de comunicação on-line, a notícia de que os monges beneditinos do mosteiro de Singeverga estão a ser bem sucedidos na produção artesanal de um licor. Mesmo assim, apeteceu-me saber um pouco mais.

A bebida é produzida com base em especiarias e ervas aromáticas. Ora vejam lá só alguns dos ingredientes: mirra aromática; amêndoa amarga; baunilha; açafrão; canela; nós-moscada. Claro que entra também o álcool e mais alguns segredos que, porque assim são, não se publicam.

 

 

A bebida é produzida de forma artesanal desde o ano de 1945 e já encheu 9500 garrafas no último ano de produção. Um engenheiro químico, benemérito e amigo dos monges, ofereceu-lhes a fórmula e eles sabem aplicá-la.

 

 

Vai um chá?

A propósito de uma notícia da Lusa, vamos ver o que é o chá. As folhas secas da camélia sinésis (existem cerca de 3000 variedades) são o chá.

A diferença entre chás está na localização geográfica das plantas (altitude, qualidade dos solos, condições atmosféricas) no híbrido utilizado, nas folhas selecionadas, no método de tratamento dessas mesmas folhas.Vamos lá ver, então, como se produz, como se fabrica, talvez seja melhor dizer assim, o chá.

O chá preto e o chá verde são fabricados a partir das mesmas folhas da camélia sinesisO que torna estes chás diferentes é o processo de preparação das folhas. Como diz a Gorreana, uma das duas empresas de chá, que a Lusa diz existirem nos Açores:

“Na produção do chá preto as folhas são deixadas a murchar e enroladas causando o esmagamento parcial da folha. Mais tarde são expostas ao ar para dar continuidade ao processo lento e natural de oxidação, fermentação e secagem.”

“Na produção do chá verde as folhas são esterelizadas com vapor sendo depois enroladas e secas através do método Hysson por forma a produzir um chá encorpado rico em taninos e de cor esverdeada.” O método Hysson é muito antigo e provém do Oriente.

Já agora vamos preparar um chá:

Use água de boa qualidade. Coloque-a a aquecer e quando aparecerem as primeiras bolhas retire-a do lume. Adicione o chá e mantenha-o tapado durante cinco minutos. Coe e está pronto a servir.

Tome-o simples, de preferência sem açúcar e sem acompanhamentos, para apreciar todo o sabor e todo o aroma. Não reaqueça o chá.

É verdade, falta a notícia da Lusa sobre o trabalho do investigador português, José Batista, doutorado em bioquímica analítica. Que estuda chás há cerca de 10 anos e concluiu que o chá verde dos Açores possui uma substância que fomenta as funções cognitivas e pode combater demências (Alzeimar e Parkison) e, até, aumenta a criatividade.

A Lusa cita o investigador: “Depois de fazer uma recolha [de chás de todo o mundo] cheguei à conclusão que o chá dos Açores consegue ser superior aos outros em teor de polifenóis” (micronutrientes existentes em alguns alimentos). Diz, ainda, o cientista que o chá verde tem um efeito contrário à cafeína. É um relaxante natural sem efeitos secundários como a sonolência. É rico em antioxidantes.

Nos Açores existem duas empresas produtoras de chá, as duas no Concelho da Ribeira Grande, na Ilha de São Miguel (Gorreana e Porto Formoso).

YOYO – Objetos: uma montra clean abre passagem aos olhares

Vinha eu por aqui abaixo e lá estava ela. Uma montra ampla, clean, abrindo passagem aos olhares. É a YOYO-Objetos.

Não querem saber que, há uns dias, regressando do Chiado, quando ia a caminho de uma atividade diária, estacionei numa rua paralela à da Escola Politécnica. Era cedo,  resolvi caminhar um pouco, por aquelas ruas mais espaçosas do Bairro Alto. o dia estava bem quentinho, pensei nos gelados, ali na muito próxima rua de São Bento.

Como disse, vinha de uma rua próxima à da Escola Politécnica. Entrei na rua do Arco a São Mamede, caminhei durante um quarteirão num passeio um pouco inclinado, do lado direito, encontrei uma loja espetacular. Deixem-me dizer assim, é mesmo muito bonita, não encontro uma palavra melhor do que espetacular. A loja é mesmo espetacular.

YOYO-Objetos. Uma loja de móveis, mormente, dos anos 50, 60 e 70 do século passado. São peças de mobiliário, restauradas – aparadores, mesas, sofás, cadeirões, cadeiras e muito mais. São peças impecáveis e lindas. Também lá se encontram candeeiros de época e, ainda, outros diferentes objetos de decoração.

Deixem-me dizer um pouco melhor. Desce-se metade a rua do Arco a São Mamede, imediatamente a seguir ao entroncamento com a rua do Noronha lá está uma montra ampla, clean. Mostra um par de cadeiras. Um saboroso aperitivo para o que nos reserva o interior daquela loja.

Dei dois passos atrás, fiquei em frente de uma porta cinzenta, fechada, que mostra na ombreira uma campainha, com a indicação: “toque”. Foi o que eu fiz. Um jovem sorridente abre a porta, franqueia-a, cumprimenta-me e acrescenta: “esteja à vontade. Se precisar de alguma informação eu estou por aqui”. E eu precisei mesmo de muitas informações.

Passem por lá. Eu vou voltar pela YOYO-Objetos e também por um gabinete de design gráfico que vi à direita num espaço contíguo à loja…

Imagens: Rui Penedo

 

Madrinha? Sim. Vou ser madrinha da Armeria Velutina

Se pensam que é uma coisa de gente fútil, então devem saber que existem por aí, nos montes, nos vales, nas arribas, nas dunas, nos charcos e em muitos outros sítios impensáveis, plantas em vias de extinção e todas elas fazem falta, pelo menos, ao equilíbrio da natureza. Em Portugal já existe uma lista vermelha que serve para avaliar o perigo que algumas espécies enfrentam.

Eu já sabia que a preservação das espécies é muito difícil, principalmente por causa da interferência negativa das pessoas nos seus habitats.  Ontem ouvi que a Sociedade Portuguesa de Botânica (SPB) e a Associação Portuguesa de Ciência da Vegetação (PHYTOS), em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, I.P. (ICNF), vêm desenvolvendo um estudo, desde 2016, designado por “Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental”. São critérios globais os que estão a ser seguidos pelos cientistas e são definidos pela União Internacional para a Conservação da Natureza.

O trabalho é financiado por programas da União Europeia, mas os valores atribuídos são insuficientes para concluir o projeto. Então, para que cada um de nós se possa sentir capaz de salvar uma  vida, a SPB lançou uma campanha designada por “Apadrinhe uma Planta da Lista Vermelha” que pretende angariar donativos para ajudar a suportar os trabalhos de prospeção das plantas-alvo.

A campanha do apadrinhamento destina-se  à sensibilização das pessoas para 12 plantas raras em perigo.  Desta lista eu já escolhi a minha afilhada. Olhem para a imagem e digam-me se ela não é uma beleza? Caso queiram, ela aceita mais madrinhas e também padrinhos.  Não há limite.

Acedam ao endereço: http://www2.icnf.pt/portal/pn/biodiversidade/patrinatur/lista-vermelha-flora-vascular-portugal-continental 

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Imagem: SPB (Armeria Velutina)

Eu já vi a Cidade Velha de Cabo Verde no Open Heritage

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Imagem: António Cotrim (Lusa)

A Cidade Velha de Cabo Verde está, desde o passado dia 18 deste mês de  abril, inscrita no projeto Open Heritage.

Esta cidade foi a capital do Arquipélago de Cabo Verde até 1770, quando esta primazia foi atribuída à Cidade da Praia.

A Cidade Velha foi fundada para ponto de abastecimento no triste comércio de escravos. Ganhou outra dignidade em 2009, quando foi classificada como Património da Humanidade, da Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (UNESCO).

Agora pode ser visitada na plataforma CyArK (Google). Já lá se encontram documentados mais de 200 monumentos históricos mundiais.  Outros se seguirão, já que esta organização tem como fim recolher, tratar e divulgar o património mundial.

Eu já lá estive, já vi a Cidade Velha de Cabo Verde. Aqui está o link https://artsandculture.google.com, sigam as indicações. É mesmo muito interessante.

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Imagem: Wikipédia (localização geográfica de Cabo Verde)

Hoje estou esquerda com o meu amigo

Há alguns dias que uma expressão insiste em invadir os meus pensamentos. Não sei quando ela surgiu, mas é persistente. Até ouço algumas pessoas a dizer: “deixa-os que eles hoje estão esquerdos”.  Não acredito. Não conhecem esta expressão? Claro que conhecem, pelo menos aqueles que viveram onde eu vivi.

Na minha terra, no tempo em que eu lá vivia, as pessoas não ficavam zangadas, ficavam esquerdas.

Eu sempre soube que se dois amigos estavam esquerdos, estavam muito mais que zangados. Estavam tristes, amargurados, ofendidos. Resumindo: estavam esquerdos, mas não era uma situação duradoura.

Mas porque se usaria o termo esquerdo? Estou cansada de pesquisar, mas as explicações não me satisfazem. Estou a ficar esquerda com as minhas fontes. Vou continuar à procura, porque não vou ficar esquerda durante muito tempo.

Mas, já agora, sempre deixo aqui algumas pistas: ser esquerdo é ser esquivo; fazer-se esquerdo é fazer que não se percebe. Encontrei, ainda, em Dicio.com.br, que ser esquerdo é ser torcido, torto, esquerdino. Já não estou a achar piada.

Ah, já agora, esquerdo é o que fica do lado do coração, que usa preferencialmente a mão esquerda, canhoto (Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, 1.ª edição, maio de 2008, reimpresso em 2017).

esquerdos pixabay
Imagem: Pixabay

Hoje falam de futebol

RONALDO GOLO - Andreia Di Marco - LUSA
Imagem: Andrea Di Marco (Lusa)

Futebol duas vezes seguidas é muito, alguém me disse. A mim não me parece.

Hoje volto ao tema porque a Juventus e o Real Madrid jogaram ontem a primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões. O que eu vi achei bonito.

Eu vi o Ronaldo colocar a bola dentro da baliza de Buffon duas vezes. Mas aquele golo  formidável, de pontapé de bicicleta, não tem paralelo.

Eu vi a bola entrar e o público da Juventus, de capas brancas a escorrer água, com a sua equipa a perder, aplaudir Ronaldo. E também o vi, a ele, Cristiano, agradecer aos italianos que viam o seu clube perder, mas bateram palmas.

Eu também vi Gianluigi Buffon, guarda redes da Juventus, cumprimentar Ronaldo.

E, já agora, acrescento que também vi o treinador do Real Madrid, quando a bola entrou, passar a mão por cima da sua cabeça, do centro para o lado direito, como que a dizer: do outro mundo Ronaldo, o que tu fazes. Tu és de outro mundo. Eu que também fui grande, aí em campo, te reverencio.

Ontem o futebol esteve no seu melhor.

 

Carvalhal no Swansea – risos e bolos

Mais uma vez vou pelos caminhos do futebol. Embora esta minha viagem se faça mais por atalhos.

Sabem daquele treinador, português de Braga, que está a seguir as pisadas de Mourinho por terras britânicas? Sim é Carlos Carvalhal, que treina o Swansea, do País de Gales.

Os britânicos, principalmente os galeses, estão a apreciar o desempenho profissional do treinador e a gostar da sua forma de comunicar e dos conteúdos das suas comunicações.

O seu desempenho de treinador já tirou o Swansea do fim da tabela e já o colocou no 15.º lugar da Premier League. A forma de comunicar é bem humorada e os seus conteúdos, por vezes, são substanciais.

Este treinador português gosta de oferecer bolos aos jornalistas e eles aceitam sorridentes. Carlos Carvalhal promove-se e promove a doçaria portuguesa. Em fevereiro pediu um intervalo e ofereceu pastéis de nata. Em março, na conferência de imprensa de antecipação ao jogo com o Mourinho chegou a vez de fatiar e oferecer um original pão-de-ló de Vizela.

Espero que os britânicos não conheçam aquele nosso ditado que diz: “com papas e bolos se enganam os tolos”. Até porque Carvalhal não quer enganar e os jornalistas são inteligentes.

morinho e carvalhar - pixabay
Imagem: pixabay (Mourinho e Carvalhal, jogo em Manchester)

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