Era uma vez um menino que sobreviveu para ser feliz e para a sua mãe não carregar um peso maior sobre os ombros

COISAS TRISTES

Aqui, em Portugal, a ministra da Justiça visitou, na prisão, uma mãe sem-abrigo que abandonou o filho recém-nascido nos detritos da cidade de Lisboa. Esta mesma cidade que desabriga muitos dos seus, está, de vento em popa, no negócio do turismo. Vejam bem, que li, mas deve ser notícia falsa, que até a feira da Ladra está em vias de ser despejada.

Não pensem que estou a julgar o gesto de humanidade da ministra da Justiça. Eu saúdo-o e estou feliz por não estarmos em qualquer campanha eleitoral porque, se assim fosse, até eu diria que a disputa de votos a muito obriga, mas não é o caso e ainda bem.

Sobre aquela pobre mãe é-me doloroso falar e  não tenciono ajuizar o abandono do seu filho e o seu. Sempre que a via referida, nas televisões ou em redes sociais, só me ocorria dizer, de mim para mim, coitadinha. Isto porque imaginava, só imaginava, a vida que terá sido a dela e como vai sobreviver.

Ouvi, Manuela Eanes, dizer sobre esta jovem, que não devemos atirar pedras, mas todos nós temos vistos os pedregulhos que têm ido na sua direção.

O menino, felizmente, está de boa saúde. Oxalá o seu caminho se faça ao lado de quem, sabiamente, lhe conte a sua história.

Era uma vez um menino forte, mesmo muito forte, que sobreviveu para ser feliz e para a sua mãe não carregar um  peso maior sobre os ombros…

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