ERRÂNCIAS
Esta tarde, por volta das 16,30, liguei a TV quando discursava, no congresso do PSD, Nuno Morais Sarmento, estava no ponto onde devia elogiar algumas mulheres. Da forma como iniciava esta parte do discurso julguei que ele se referia às mulheres que trabalham nos bastidores, às funcionárias do partido, que também merecem ser homenageadas.
No início pensei, bonito, parece ser a primeira vez que alguém num congresso partidário faz este agradecimento, mas rapidamente a surpresa agradável se transformou em constrangimento. Só quem viu pode compreender, mas vou tentar mostrar o que senti e porque aquele agradecimento se transformou, a meu ver, em algo confrangedor.
Ora vejam lá o que eu vi e ouvi. Dizia ele (estou a citar de cor): quero aqui homenagear as mulheres do partido, aquelas que estão lá sempre para nos apoiar. Também as muitas que já não estão e porque os rostos têm nomes, quero chamar aqui a Margarida Ferro. Então a Margarida levantou-se, o congresso aplaudiu, e ela dirigiu-se para a zona do púlpito e ali ficou dois passos atrás de Morais Sarmento. Quando eu esperava e, possivelmente, a Margarida também, que ele a chamasse para junto de si no palco, mas isso não aconteceu. Deixou-a ali parada àquela distância dele, julgo que nem para trás olhou. Continuou o discurso mudando de assunto e ela ali ficou perdida, recebeu algumas palmas mais e afastou-se.
Quero perguntar à Margarida Ferro se gostou daquela homenagem.
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